Sentado há um ano e cinco meses em cima do projeto de lei que estenderá às administrações federal, estaduais e municipais a exigência feita hoje às grandes empresas, de contratação de menores aprendizes, o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva inviabilizou a meta anunciada por ele em dezembro de 2008, de 800 mil contratos para jovens até o fim de 2010.
"Pedi uma audiência à Casa Civil para fazer um apelo para que o projeto seja enviado ao Congresso, com urgência", informou ao jornal O Estado de S. Paulo o ex-jogador de futebol Raí Oliveira presidente da ONG Atletas pela Cidadania, que acompanha os contratos feitos pelas empresas com os menores. "Quando o projeto que dá às administrações públicas a obrigatoriedade de contratar os menores for aprovado, serão mais 400 mil contratos" disse.
Raí está preocupado com os menores em maior vulnerabilidade social. De acordo com a Casa Civil, especialistas ainda estudam o projeto. Até agora, de acordo com levantamento feito pela ONG presidida por Raí com base nos dados da Relação Anual de Informação Social (Rais), o País encerrou o ano de 2008 com 133.937 contratos de jovens aprendizes, que são temporários e não podem durar mais do que dois anos.
Em 2009, houve aumento para 170.426 vagas, um crescimento de 27% mas muito longe ainda da meta anunciada por Lula numa solenidade em Brasília, da qual participaram atletas como Raí, Zetti, Clodoaldo (nadador), Flávio Campos (judoca), Patrícia Medrado (tenista), Henrique Guimarães (judoca), Ana Moser (vôlei), Ricardo Vidal (atletismo) e Vanessa Menga (tênis). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.