O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta segunda-feira (29) da premiação dos vencedores da Olimpíada de Língua Portuguesa, que é promovida pelo Ministério da Educação e pela Fundação Itaú Social. Esse foi o terceiro evento público do presidente ao lado do ministro da Educação, Fernando Haddad, nesta segunda. À noite, Lula ainda tinha agendada uma reunião privada com Haddad no Palácio do Planalto para tratar do plano para a área até 2020.
Durante o dia, Lula fez vários elogios a Haddad, mas disse também que "não pode indicar ministro" para o governo de sua sucessora Dilma Rousseff.
Participaram da edição deste ano da Olimpíada mais de sete milhões de crianças e adolescentes que estudam da quinta série do ensino fundamental até o terceiro ano do ensino médio. A atividade contou ainda com a participação de 239.435 professores de 60.123 escolas. Foram premiados cinco estudantes em cada uma das categorias: poesia, memória literária, crônica e artigos de opinião.
Haddad disse que vai encaminhar a Lula uma proposta de um decreto institucionalizando as Olimpíadas de Português e Matemática.
Em seu discurso, Lula voltou a fazer elogios ao minmistro da Educação. Ele valorizou os feitos na área, agradeceu a Haddad pelo cumprimento da meta de inauguração de universidades e escolas técnicas, elogiou o Programa Universidade para Todos (ProUni), que teria sido ideia da mulher do ministro, segundo o presidente, e destacou as novas regras para acesso ao Financiamento Estudantil (Fies) que acabam com a exigência de fiador.
Lula afirmou que essas ações farão com que o Brasil chegue a uma situação em que todos tenham acesso à universidade. "Estamos caminhando para que neste país não tenha um único ser que diga que não estudou porque não tinha dinheiro."
Consolando os finalistas da Olimpíada que não foram premiados, Lula brincou com o fato de ter perdido três eleições antes de chegar à Presidência. "Claro que é importante ganhar, mas não ganhar não diminui ninguém. Vocês viram quantas eleições eu perdi? Eu nunca desanimei."
Lula concluiu sua fala incentivando os jovens a investirem nos estudos. Ele destacou que o Brasil não vai ficar para sempre sendo exportador de "minério de ferro e mandioca", mas será exportador de "conhecimento e inteligência".
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