O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira (4) que o começo da exploração da camada do pré-sal, localizada abaixo do leito marinho, significa "uma nova era" da história do petróleo do Brasil. No programa semanal de rádio "Café com o Presidente", Lula falou sobre a visita que fez na última sexta-feira (dia 1) ao Campo de Tupi, na Bacia de Santos, no Rio de Janeiro.
Segundo a Agência Brasil, Lula afirmou que não se tem conhecimento, até agora, da quantidade de óleo em toda a extensão da camada. Mas o governo promete se empenhar na realização de exames nos próximos 15 meses e, só após esse tempo o pré-sal será usado comercialmente. O pré-sal é uma camada de reservatórios que se encontram no subsolo do litoral do Espírito Santo a Santa Catarina, ao longo de 800 quilômetros, em lâmina d'água que varia entre 1,5 mil e 3 mil metros de profundidade e soterramento (área do subsolo marinho que terá de ser perfurada) entre 3 mil e 4 mil metros. Tupi é considerado um megacampo de petróleo, com um volume estimado entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris.
Lula mencionou também a necessidade de se regulamentar a Lei do Petróleo. "Quando descobre petróleo na camada pré-sal, o Brasil tem chance de transformar-se em um país com potencial extraordinário e aí a gente pode resolver parte dos nossos problemas econômicos", afirmou, citando o achado como "uma quase segunda independência" do País.
O presidente disse que o Brasil prosseguirá com os investimentos em biocombustíveis, mesmo com a exploração da camada, pois, de acordo com ele, é necessário mudar a matriz de energia. Parte dos 400 milhões de hectares disponíveis para o cultivo da terra, conforme Lula, pode ser empregada na plantação de mamona, dendê, pinhão manso e girassol - opções para uma nova fonte energética.
Esquerda tenta mudar regra eleitoral para impedir maioria conservadora no Senado após 2026
Falas de ministros do STF revelam pouco caso com princípios democráticos
Sob pressão do mercado e enfraquecido no governo, Haddad atravessa seu pior momento
Síria: o que esperar depois da queda da ditadura de Assad
Deixe sua opinião