O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (2) que a reforma ministerial não será iniciada imediatamente. Havia expectativa no meio político que, passada a eleição dos presidentes da Câmara e do Senado, o presidente deflagrasse o processo de troca de ministros.
"Não começa na segunda-feira. Eu não tenho pressa de fazer a reforma. Em algum momento, vamos chamar os partidos e decidir os ministérios", disse Lula a jornalistas durante visita a uma estação de água e esgoto em Campinas (SP).
O presidente Lula, que participou na manhã desta sexta-feira do lançamento da pedra fundamental da Petroquímica Paulínia, acrescentou que tem conversado com os partidos e que as discussões até o momento são "positivas".
Viagens pelo Brasil
Em Paulínia, o presidente afirmou que vai rodar o país como nunca e acompanhar de perto a implementação do pacote de crescimento econômico (PAC), que foi lançado no mês passado e prevê o investimento de R$ 504 bilhões nos quatro anos de seu governo.
"Neste ano, vou viajar o Brasil mais do que em qualquer outro momento. O acompanhamento do PAC será feito cotidianamente", disse Lula. Para o petista, o país vive um momento favorável em 2007, mas cobrou ajuda da iniciativa privada para o Brasil crescer mais.
"Se for verdade a teoria de que para cada real que o governo e as empresas públicas colocarem a iniciativa privada colocará R$ 1, poderemos chegar a R$ 1 trilhão de investimentos nos próximos anos. Isso se faz necessário no momento em que o Brasil está com sua macroeconomia consolidada."
Governo de coalizão
Apesar da disputa entre os governistas Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Aldo Rebelo (PC do B-SP) pela presidência da Câmara, o governo Lula saiu fortalecido das eleições para as presidências da Câmara e do Senado, já que dois aliados venceram as disputas.
No Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) conseguiu a reeleição de forma tranqüila. O peemedebista recebeu 51 votos, enquanto oposicionista José Agripino (PFL-RN) teve 28. Na Câmara, a eleição foi para o segundo turno, e Chinaglia derrotou Aldo por 261 votos a 243.
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