O presidente Luiz Inácio Lula da Silva formalizou na manhã desta quarta-feira o convite ao ex-prefeito do Rio Luiz Paulo Conde para assumir a presidência de Furnas. O convite se deu em reunião de Lula com o ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner, e o próprio Conde, no Palácio do Planalto. Ao deixar a reunião, Conde disse que Lula teria dito que quer um gestor para a empresa.
- Ele me disse que não quer um eletricista, quer um gestor - afirmou Conde, em referência às críticas de que, a exemplo de Milton Zuanazzi, da Agência Nacional de Aviação Civi (Anac), não é técnico.
Conde também disse que é mentira as afirmações de que o PMDB só votaria a prorrogação da CPMF e da DRU (desvinculação das Receitas da União) depois de sua indicação para o cargo.
- É tudo mentira. Não existe pressão do PMDB sobre a questão da CPMF e da DRU.
Conde estima que em dez dias deve começar a trabalhar, uma vez que seu nome ainda tem que ser aprovado pelo conselho administrativo de Furnas, o que deve ocorrer nesse período.
- A primeira medida será a de reunir a diretoria para me pôr a par dos problemas e aí trabalhar em consonância com a política energética do governo.
Segundo Conde, nesta quarta-feira, a reunião convocada por Lula com o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) deve traçar a estratégia para acelerar as obras do setor.
- A idéia é acelerar a gestão, no sentido que sejam acelerados os processos licitatórios para que retomemos todos os temas que são necessários", disse Conde, sem dar detalhes.
Ele disse ainda que a polêmica questão da participação de Furnas no leilão das usinas do rio Madeira não foi abordada na reunião com o presidente e evitou comentar a sua avaliação do problema.
Em 2001, Furnas e Odebrecht fizeram um acordo para realizar estudos de viabilidade do aproveitamento elétrico do rio Madeira. Pelo contrato, as duas empresas participariam juntas do processo, o que está sendo questionado por outros possíveis participantes do leilão que consideram a parceria desvantajosa para as demais companhias.
Biscaia vive dúvida entre cargo no governo e mandato de deputado
A possibilidade de voltar para a Câmara, caso o deputado Jorge Bittar (PT-RJ) decida assumir a Secretaria de Cultura do Rio, deixou dividido o secretário nacional de Justiça, Antonio Carlos Biscaia. Como primeiro suplente do PT no Rio, o ex-deputado tem prioridade para assumir um eventual lugar vago de Bittar, que foi convidado para integrar o governo fluminense depois que Luiz Paulo Conde deixou a secretaria para se tornar presidente de Furnas.
Biscaia está em dúvida porque acha que está fazendo um bom trabalho na secretaria do Ministério da Justiça e acredita que este não é o momento adequado para deixar o governo. Nos próximos dias, a pasta em que trabalha deverá lançar o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), que teve uma forte participação de Biscaia.
Caso o petista, que teve uma forte atuação na última legislatura, quando foi presidente da CPI dos Sanguessugas, não assuma a vaga de Jorge Bittar, o posto seria entregue ao PSB, que detém a segunda suplência.
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