O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarca nesta segunda-feira (21), em Nova York, para cumprir uma extensa agenda de compromissos nos Estados Unidos. Ainda na segunda, Lula receberá o Prêmio ao Serviço Público do Centro Internacional Woodrow Wilson. O presidente participará, na quarta-feira, da Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU), e na quinta seguirá para Pittsburgh, onde será realizado o encontro do G-20. O presidente do Woodrow Wilson, Lee H. Hamilton, de acordo com declarações divulgadas pelo instituto, afirmou que a escolha de Lula se deve à sua contribuição "decisiva para acabar com o regime militar e para abrir o caminho para a democracia em seu país".

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Nesta terça-feira (22), Lula deve se encontrar com pelo menos oito chefes de Estado. Por enquanto, está confirmada pelo Itamaraty apenas uma reunião, com o premiê da Espanha, José Luis Zapatero. Está prevista uma entrevista apenas com jornalistas esportivos estrangeiros, em que Lula deve falar sobre a candidatura do Rio para sede dos Jogos Olímpicos de 2016.

A decisão sobre a sede acontece no início de outubro, na Dinamarca, e uma das concorrentes é Chicago, onde vivia o presidente dos EUA, Barack Obama. Amanhã, Lula participará de jantar oferecido pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, com a presença de todos os chefes de Estado que estão em Nova York

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Conforme a tradição da Assembleia-Geral das Nações Unidas, o presidente brasileiro será o primeiro a discursar, às 9 horas (10 horas em Brasília) de quarta-feira. Obama falará em seguida. Lula deverá usar seu discurso para criticar o embargo econômico imposto pelos EUA a Cuba, que ele considera "anacrônico". O presidente americano renovou por mais um ano o embargo à ilha. A chamada Lei de Comércio com o Inimigo vige desde 1917 e proíbe qualquer tipo de intercâmbio com os países considerados uma ameaça aos EUA. Atualmente, só Cuba é afetada

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, chegou antes a Nova York e hoje manterá encontros bilaterais na missão brasileira na ONU. Amanhã, ele deve participar da conferência climática. Depois da viagem de Lula para Pittsburgh, o ministro permanecerá em Nova York, onde se reunirá com a secretária de Estado, Hillary Clinton, e o chanceler da Holanda para discutir a violência contra as crianças.