Num discurso inflamado em visita a um trecho em obras da ferrovia Norte-Sul, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu de vez o tom de campanha eleitoral e fez duros ataques à oposição. Sem citar os adversários, disse que há políticos que não gostam de pobre, não conhecem o interior do país e torcem para o Brasil não dar certo para que possam voltar ao poder.
- Tem um tipo de político no Brasil que por mais experiência que tenha, mais mandato, mais cargo que tenha ocupado está sempre torcendo para que as coisas não dêem certo pra ver se eles voltam. É muito fácil fazer crítica quando se está numa sala com ar refrigerado - disse Lula.
Ao exaltar feitos do seu governo nas áreas social e econômica, Lula disse que alguns de seus adversários gostariam que a inflação estivesse em alta e que o país ainda estivesse dependendo do Fundo Monetário Internacional (FMI).
- Tem gente que gostaria que a inflação estivesse em 30%, que o país não estivesse crescendo, que as exportações não estivessem crescendo, que o FMI estivesse em minha porta batendo, que o salário-mínimo e o emprego não estivessem crescendo. Mas para desgraça deles tudo isso está acontecendo - disse o presidente.
Lula mais uma vez se comparou a Juscelino Kubitschek, dizendo que tem sido mais ofendido do que foi o ex-presidente:
- As ofensas que fizeram a ele, fazem pior a mim, mas não perco a tranqüilidade e vou me encontrar com o povo, porque o povo pensa outra coisa - discursou.
Ao lado do ex-presidente José Sarney, Lula fez um mea-culpa pelas críticas que fez no passado à ferrovia, projeto de Sarney, e recebeu rasgados elogios do senador. Sarney disse que Lula é um grande administrador, "um homem que está marcando a história do país" e que vai sempre vai apoiá-lo.
Na festa, em clima de comício, havia faixas com os dizeres "Lula de novo, governo do povo" e "Lula mais quatro anos!"
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