O presidente Luiz Inácio Lula da Silva inicia uma série de viagens internacionais, depois do carnaval. A agenda começa no dia 22 e vai até o dia 26. O ritmo de compromissos fora será tão intenso que há situações em que ele ficará apenas algumas horas em determinado país, como no caso do Haiti.
A pauta será diversificada e controvertida. Por quatro dias, ele se concentrará nos temas do Caribe com uma reunião no México, quando o Brasil deve propor medidas para a reinserção de Honduras na comunidade internacional. O presidente tratará também de assuntos como investimentos em Cuba, Haiti e El Salvador.
Em Cancún, no México, Lula participará de reuniões do Grupo do Rio. Diplomatas que acompanham as discussões afirmam que a tendência é de o Brasil liderar um movimento de reconhecimento ao presidente de Honduras, Porfirio "Pepe" Lobo. Honduras foi excluída da Organização dos Estados Americanos (OEA), depois do golpe de Estado de 28 de junho de 2009, em que foi deposto o então presidente Manuel Zelaya.
No encontro do Grupo do Rio, deverão ser impostas condições para a reinserção de Honduras à OEA. A ideia é exigir esforços de "Pepe" Lobo para a reconciliação nacional, o fim das punições ao ex-presidente Manuel Zelaya e seus seguidores e a busca pela unidade interna pelas vias democráticas.
Na sequência da agenda, virá a visita a Cuba. Será a quarta vez que o presidente Lula estará no país. Em Havana, Lula deve anunciar investimentos brasileiros para a construção do maior porto do Caribe.
No Haiti, Lula ficará apenas de quatro a seis horas na capital, Porto Príncipe. Mas será tempo suficiente para ele propor a parceria ao governo de René Préval para por em prática frentes de trabalho, que gerem oportunidades de emprego e resolvam questões pontuais, como restauração de estradas, construção de casas e estímulo à pesca, além da limpeza pública.
Em El Salvador, Lula se encontra com o presidente Mauricio Funes. Casado com uma brasileira, a advogada Vanda Pignato, ligada ao PT, Funes disse, logo que se elegeu, que se inspiraria no presidente brasileiro para exercer seu mandato.
Na visita, os dois devem assinar um convênio de parceria para financiamento de empresas salvadorenhas. O objetivo é que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) libere crédito de aproximadamente US$ 500 milhões que serão aplicados no incentivo a pequenas e médias empresas.
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