O presidente Luiz Inácio Lula da Silva inicia nesta semana as articulações políticas para o próximo mandato.

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Lula deve agendar conversas com partidos aliados, discutir o espaço que as legendas terão na futura equipe ministerial e encontrar governadores eleitos. Ele também deve procurar, pessoalmente, lideranças da oposição.

Já a Câmara tenta votar dez medidas provisórias, sendo a mais polêmica a que reajusta os benefícios previdenciários de valor superior ao salário mínimo. O Senado tem quatro medidas provisórias na pauta e ainda deve começar a analisar a lei das micro e pequenas empresas, uma das prioridades do governo.

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Veja a seguir os principais fatos políticos da semana:

Segunda-feira

-- O presidente Lula participa, à noite em São Paulo, da cerimônia de premiação das empresas mais admiradas do Brasil, promovido pela revista ``Carta Capital''. O ministro Guido Mantega (Fazenda) vai acompanhá-lo.

Terça-feira

-- Dez medidas provisórias trancam a pauta da Câmara, que prevê realização de sessão na tarde de terça-feira. A proposta mais antiga é a MP-314, que libera 698,79 milhões de reais para órgãos federais. A mais polêmica é a MP-316, que reajusta os benefícios de aposentados de valor superior ao salário mínimo.

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-- São quatro as medidas provisórias na pauta do Senado. Consta ainda o projeto da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas.

-- A CPI dos Sanguessugas convidou o governador eleito de São Paulo, José Serra (PSDB), e o prefeito de Piracicaba (SP), Barjas Negri (PSDB), para depor. Barjas confirmou presença, mas Serra viajou a Washington, no Estados Unidos, para resolver financiamento para o metrô paulista. Como convidados, eles não são obrigados a comparecer.

Serra e Negri foram ministros da Saúde no governo Fernando Henrique Cardoso e os parlamentares querem esclarecimentos sobre denúncias de envolvimento de suas gestões no esquema de compra superfaturada de ambulâncias.

-- O empresário Luiz Antonio Vedoin, considerado o chefe da máfia dos sanguessugas, confirmou presença na terça-feira no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Ele foi listado como testemunha pelos relatores de todos os processos dos 67 deputados denunciados pela CPI dos Sanguessugas.

Vedoin, que é dono da empresa Planam, estava preso desde 15 de setembro, mas foi solto na semana passada por causa de um habeas-corpus concedido pela Justiça Federal.

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Quarta-feira

-- Também para esclarecimentos sobre possível compra superfaturada de ambulâncias, a CPI dos Sanguessugas convidou Humberto Costa e Saraiva Felipe, ex-ministros da Saúde do governo Lula.

Sexta-feira

-- O corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Cesar Asfor Rocha, ouve depoimentos de 13 testemunhas do caso da tentativa de compra de um dossiê contra políticos do PSDB.

Entre as testemunhas estão o procurador da Justiça Federal no Mato Grosso, Mário Lúcio Avelar, o delegado da Polícia Federal Edmilson Pereira Bruno, que vazou as fotos do dinheiro que seria utilizado na compra do dossiê para a imprensa, e o diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda. Também devem ser ouvidos jornalistas.

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-- O prazo do inquérito sobre o dossiê que petistas tentaram comprar para envolver tucanos com a máfia dos sanguessugas vence sexta-feira, mas deve ser prorrogado pela Justiça. Os deputados Fernando Gabeira (PV-RJ) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) vão a Cuiabá (MT) esta semana obter informações sobre a máfia dos sanguessugas.