Preocupados com o risco de enfraquecer o discurso de oposição, dirigentes do PT querem uma barreira para impedir qualquer aproximação de parlamentares da legenda com o governo Michel Temer. Essa preocupação deve ser um dos principais temas da reunião desta sexta-feira (2) da Executiva Nacional da legenda, em São Paulo, que terá a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A reunião iniciará as discussões sobre os rumos da legenda na fase pós-impeachment de Dilma Rousseff.
Os petistas sabem da dificuldade de assumir o papel de oposição depois de 13 anos em que os integrantes do partido desfrutaram das benesses do poder. O temor é que os aliados de Temer seduzam os parlamentares do PT, por exemplo, com ofertas de cargos e liberações de emendas.
“Certa ou errada, não importa”, diz Temer sobre decisão de manter direitos de Dilma
Leia a matéria completaA ideia é seguir o tom adotado pela ex-presidente Dilma Rousseff, no discurso após a aprovação do impeachment, quando ela defendeu uma “oposição incansável e enérgica ao governo golpista”.
“O PT, seus parlamentares e seus dirigentes não podem vacilar quanto à caracterização do governo usurpador de Michel Temer. Não podemos fazer oposição de mentirinha. Não há hipótese de conciliação com quem rasgou os 54 milhões e meio de votos do povo”, afirmou o secretário de comunicação do PT, Alberto Cantalice, da corrente CNB, no Twitter.
A corrente Mensagem tentará mais uma vez fazer com que o partido assuma a bandeira da defesa de novas eleições.
“Acho que vamos assumir a defesa das eleições diretas e de uma política de resistência por meio de uma frente”, afirmou o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), vice-presidente da legenda.
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