O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou ontem que enviará nos próximos dias à primeira instância do Ministério Público as informações prestadas pelo empresário mineiro Marcos Valério (foto 1) na tentativa de envolver diretamente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no esquema do mensalão. "Estou apenas concluindo a análise para que possa efetivamente verificar se não há qualquer pessoa com prerrogativa de foro envolvida e, em não havendo, como o ex-presidente já não detém essa prerrogativa de foro, a hipótese será de envio à procuradoria da República em primeiro grau", disse. Questionado se, ao enviar o caso para o primeiro grau, poderia fazer alguma orientação, ou apontar possíveis indícios contra Lula, Gurgel respondeu que não. Assim que o caso for enviado, os procuradores da República que atuam na primeira instância farão uma avaliação preliminar sobre a necessidade de novas investigações.
Procura-se associados
Na lista de possíveis novos partidos, o Partido Republicano da Ordem Social (PROS) tem aproveitado o encontro que reúne nesta semana em Brasília milhares de prefeitos para buscar novos filiados. A meta da sigla é clara: atrair os prefeitos e vereadores recém-eleitos que já estão insatisfeitos com suas siglas, mas não querem ser punidos pela infidelidade partidária.
Sem problemas
Um dos destaques do material de divulgação do PROS, que pode ser a 31ª sigla do país, é um texto que explica como trocar de partido sem perder o mandato. "A migração partidária é um fenômeno que ganhou força no Brasil com o fim do bipartidarismo e representa uma das principais características do regime democrático no país", diz a legenda. Segundo as regras do TSE, participar da criação de um novo partido não se enquadra na infidelidade partidária.
400 mil assinaturas já foram recolhidas pelo PROS para a criação da nova legenda, de acordo com o primeiro tesoureiro do partido, Niomar Alves Calazans. Ao todo, são exigidas pela Lei Eleitoral 500 mil assinaturas. Calazans conta que o PROS já tem registro em 10 estados pela legislação, são necessários registros em 9 estados.
Ivete
Por enquanto, o governador do Ceará, Cid Gomes, não vai ter de devolver aos cofres públicos o dinheiro usado para pagar o cachê do show da cantora Ivete Sangalo (foto 2). A Justiça Federal do estado não acatou a ação civil pública apresentada pelo Ministério Público Federal pedindo o reembolso dos R$ 650 mil pagos pela apresentação. A juíza Elise Avesque, responsável pelo caso, alegou que a Justiça Federal não tem competência para julgar a ação, já que não foi utilizado dinheiro da União para realizar o pagamento do cachê da cantora. O caso foi devolvido ao Ministério Público Federal. O órgão pode entrar com nova ação na 1ª instância.
Pinga-fogo
"Eu gosto muito da Secretaria do Trabalho, e os trabalhadores do Paraná gostam muito de mim. Tenho enorme satisfação em atuar nessa área."
Luiz Cláudio Romanelli (PMDB, foto 3), secretário estadual do Trabalho, negando uma possível ida para a pasta de Planejamento.
Colaborou: Chico Marés.