Um dia após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter dito que quem desmatou a Floresta Amazônica no passado não é "bandido", o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse que Lula não anistiou os desmatadores.
"Como é que o Lula anistia desmatadores se a gente fez a lei de crimes ambientais?", questionou. Minc explicou que o presidente se referiu às pessoas que foram incentivadas por governos passados a desmatar a floresta.
"O Lula falou o seguinte: no passado vocês foram instados a virem aqui. O governo incentivou vocês a virem aqui. Só ganhava dinheiro quem mostrasse que era produtivo e tinha que meter a motosserra", afirmou o ministro, que neste sábado (20) participou da cerimônia de cessão do Parque Lage, na zona sul do Rio, do governo federal para o estadual.
Mencionado as vaias que recebeu no evento em Mato Grosso, o ministro justificou: "Eu fui vaiado por gente de quem eu fechei serraria".
De acordo com Minc, que estava no mesmo palanque onde o presidente fez o discurso, em Alta Floresta (MT), o país entrou num novo patamar de combate ao desmatamento, com políticas de incentivo à sustentabilidade e programas de regularização de terras rurais na região conhecida como Amazônia Legal.
Como exemplo de alternativas que o governo está buscando para minimizar o desmatamento na Amazônia, Minc defendeu a Medida Provisória 458, que prevê a regularização de terras públicas na Amazônia, por meio de venda sem licitação, medida que já foi criticada por organizações não governamentais (ONGs). "A regularização fundiária é uma base de combate ao desmatamento e à violência", disse.
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