Buenos Aires (AE) O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou em entrevista ao jornal argentino Clarín que a oposição está muito preocupada que a crise política chegue a um ponto sem retorno. "Espero que Lula não renuncie. Isso seria péssimo para todos", disse na entrevista publicada hoje pelo diário portenho. "Meu partido, o PSDB, jamais falou em impeachment porque sabemos o custo que pode ter um processo dessa natureza". Segundo o ex-presidente, "o mais provável é que o governo chegue até seu final, mas chegará mal porque existe perda da confiança".
O ex-presidente considera que seu sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva, "já não governa há tempos. Não tem agenda, não inova, não propõe nada". Segundo FHC, Lula não governa "há um ano". Portanto, afirma, "nada o impede de continuar outro ano e meio no Planalto". O sintoma mais evidente de que o governo do PT havia perdido o controle das forças políticas foi quando elegeram Severino Cavalcanti como presidente da Câmara de Deputados, explica.
FHC delimitou a abrangência da crise, sustentando que não existe "crise social nem pressão social descontrolada e a economia continua funcionando. As exportações andam bem, há problemas de taxas de juros e de ritmo de crescimento, mas não existe um fator de desarticulação ou de caos. Eu diria que a crise se delimita à política institucional. Ou seja, há problemas dentro do governo e em sua relação com o Congresso e o país".
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