Lula não quer que ano eleitoral afete política externa

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Reunido na manhã desta quarta-feira com 60 embaixadores brasileiros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a ênfase dada à política externa deve ser mantida, apesar de 2006 ser um ano eleitoral.

Lula destacou como pontos prioritários a atuação do G-20 (grupo de países em desenvolvimento que brigam pelo fim dos subsídios agrícolas) na reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC), em Hong Kong; a participação do Brasil no Conselho de Segurança das Nações Unidas; a expansão do comércio exterior brasileiro e as boas relações com os Estados Unidos e os países da América Latina.

- As viagens do presidente da República, apesar de criticadas, tiveram como resultado a entrada de muitos dólares e euros para o Brasil - disse o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.

Segundo Amorim, o fato de o Brasil ter um bom diálogo com outros países latinos, tidos como problemáticos pelos Estados Unidos, como a Bolívia, a Venezuela, não afeta o que chamou de excelente relação com os americanos.

- Não vamos abandonar nossas boas relações com os EUA, nem deixar de lado nossa amizade com os presidentes Hugo Chávez (Venezuela) e Evo Morales (Bolívia) - acrescentou o chanceler.