SÃO PAULO - Um dia depois de reclamar das elites brasileiras, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou hoje ao seu berço político, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo. A entidade reuniu cerca de 2.500 metalúrgicos e fez um ato de desagravo a Lula, prometendo inclusive ir às ruas, caso alguém tente "apear" Lula do Planalto antes do final de seu mandato.
Em meios a gritos de "Um, dois, três, Lula outra vez", foi defendida a reeleição do presidente. Em um discurso improvisado, Lula lembrou que em 1979, durante as greves do ABC, ele estava "em baixa" e não faltaram no Brasil pessoas afirmando que "o Lula tinha acabado". Mas em 1980, o país conheceu a greve mais importante da história do país, que depois de 41 dias, culminou com a consolidação da democracia no país, frisou o presidente.
- Vendiam a idéia de que estávamos derrotados. A gente se lembra do que aconteceu. Na greve de 1979, não faltaram no Brasil aqueles companheiros que diziam que os metalúrgicos tinham acabado e que o Lula tinha acabado com luta sindical deste país. Amargamos um ano muito difícil.E em 1989 este país conheceu a greve histórica mais importante deste país, a famosa greve dos 41 dias - afirmou Lula.
O presidente também reclamou que foi vítima de preconceito por não ter diploma universitário e defendeu o uso do coração como a melhor forma de governar o país:
- Para governar este país não precisa de diploma universitário, que tanto preconceito jogaram contra mim. Para dirigir este país tem que ter, sobretudo uma coisa, chamada coração.