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Informado sobre o apoio do PMDB ao candidato Arlindo Chinaglia (PT-SP) à presidência da Câmara, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou seu apelo para que o governo não interfira na disputa.

``O presidente orientou que eu permanecesse acompanhando o processo. Ouvindo sem interferir na movimentação que os partidos estão fazendo'', disse o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, nesta quinta-feira, ao comentar a conversa que teve na véspera com o presidente Lula, que está em férias no Guarujá.

Chinaglia concorre ao posto com Aldo Rebelo (PCdoB-SP), candidato à reeleição. Embora aliados, os dois candidatos decidiram se enfrentar em plenário mesmo depois de o PMDB optar, nesta semana, em ficar ao lado do petista.

Aldo, que resolveu disputar a presidência da Câmara após um pedido do próprio Lula no ano passado, já mandou diversos recados ao presidente: não quer nenhum emissário do Palácio do Planalto tentado convencê-lo a retirar sua candidatura.

``Da parte do governo, isso não será feito, porque são dois candidatos da base que têm de ser respeitados. Obviamente, vai chegar um determinado momento que a gente vai poder manifestar opinião no fim das negociações de qual é o candidato que tem maior potencial eleitoral'', acrescentou Genro.

Aliados do deputado comunista reclamam da interferência de Tarso Genro em favor de Arlindo Chinaglia, mas o ministro nega qualquer influência.

Genro reiterou a possibilidade de o impasse só ser definido no plenário. Aldo Rebelo, no entanto, não encara isso como uma ''possibilidade''. Para ele, o enfrentamento já está concretizado.

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