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O presidente Lula chuta bola para o goleiro e governador do Rio, Sérgio Cabral, durante inauguração de obras do PAC | Ricardo Stuckert/Presidência
O presidente Lula chuta bola para o goleiro e governador do Rio, Sérgio Cabral, durante inauguração de obras do PAC| Foto: Ricardo Stuckert/Presidência

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que não estava fazendo campanha política na inauguração de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na comunidade de Manguinhos, na zona norte do Rio. Mas foi recebido por gritos de "Lula de novo’’ e "fica, fica’’.

O nome da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que acompanhava Lula, também foi gritado: "Dilma, Dilma, Dilma’’.

"Quero deixar claro que não falei de política. Vocês é que estão gritando isso. Que a profecia que diz que a voz do povo é a voz de Deus esteja correta neste momento’’, disse Lula.

Dilma, apelidada por Lula de mãe do PAC, é a preferida do presidente para a sua sucessão. A base aliada, entretanto, passou a questionar a candidatura dela após a descoberta de um câncer linfático. O PT afirma não ter plano B para a candidatura à Presidência de 2010.

Dilma não falou diretamente da sua doença, mas agradeceu a solidariedade recebida "do fundo do coração’’.

Vigarista

Mesmo dizendo que não queria fazer campanha, Lula disse para a população não votar em vigarista. "Tem que aprender a não eleger mais vigarista. Não tem que votar em pessoas que têm medo do povo’’, disse.

Dilma também fez discurso de pré-candidata ao direcionar sua mensagem para a baixa renda. "O Brasil está sendo reconstruído. Estamos buscando dar ao povo não só condições materiais, mas espirituais, que elevem a autoestima do povo.’’

Ela creditou as mudanças do país ao governo Lula. "O Brasil mudou e deve-se isso a Lula. Mas todos nós somos responsáveis e temos que zelar e fiscalizar para que se mantenha.’’

Lula também disse que governava para os mais carentes. "A coisa mais fácil é governar para os pobres porque com pouca coisa a gente faz muito. Eu sei o valor disso, como é ganhar um pequeno apartamento ou o valor de uma escola para estudar’’, afirmou. "Governar o país é mais fácil quando se define para quem quer governar. Se define prioridade e faz as coisas que o povo necessita.’’

Ele comparou ainda as realizações atuais com a dos antigos governos. "Nas favelas não tinha nada de saúde, não chegava saúde, educação. Só chegava polícia para bater em inocente porque o bandido já tinha fugido.’’

Afastada das atividades de campanha desde que descobriu estar com câncer no sistema linfático, há pouco mais de um mês, a ministra retoma a rotina de contato com os eleitores numa comemoração sob medida para candidatos, com direito a forró, quentão e pipoca. Convidada pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), Dilma participará hoje à noite da abertura da festa de São João em Caruaru, a mais tradicional da região.

Depois de assistir à folia pernambucana, a pré-candidata do PT à Presidência quer rezar junto com fiéis: amanhã à tarde, ela deverá comparecer ao encerramento da semana de Pentecostes, em Taguatinga, cidade-satélite de Brasília. Foi o senador Gim Argello (PTB-DF) que a convidou para assistir à Missa da Cura e Libertação.

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