Embora o campo majoritário do PT esteja apostando na candidatura do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva em 2018, o petista ainda não tem o amparo imediato de siglas da centro-esquerda na corrida ao Planalto.
Sob o comando da deputada federal Luciana Santos (PE), o PCdoB, que permaneceu ao lado de Dilma Rousseff até o último suspiro da “era petista”, já indicou que vai estudar a possibilidade de candidatura própria para o Executivo.
Moro impulsionou impeachment de Dilma, diz Cardozo
Leia a matéria completaParalelamente, a ideia da sigla em 2018 é garantir a reeleição do governador do Maranhão, Flávio Dino, e a ampliação da bancada de parlamentares na Câmara dos Deputados.
Postura semelhante tem o dividido PSB, que alega se preparar para “para ser alternativa em 2018”. “A população está esperando o surgimento de novas lideranças”, nas palavras do presidente nacional da sigla, Carlos Siqueira.
Na última disputa, em 2014, o PSB já havia rompido com a então presidente da República, Dilma Rousseff, lançando o nome de Eduardo Campos como uma terceira possibilidade ante a polarização entre PT e PSDB.
Morto em um acidente aéreo durante a campanha eleitoral, Campos foi substituído na disputa por Marina Silva, que no próximo ano deve novamente sair candidata, agora pela sua Rede Sustentabilidade.
Briga pelo comando da Câmara esquenta e Centrão sobe o tom contra Maia
Leia a matéria completaJá o PDT também não vê o ex-presidente Lula como o representante da centro-esquerda no próximo pleito. Assim como Marina Silva, Ciro Gomes está na lista dos nomes já consolidados para enfrentar as urnas.
Na esteira do processo de impeachment de Dilma Rousseff e diante do fracasso nas urnas de 2016, uma parte minoritária dos petistas deseja o retorno do PT à esquerda, inclusive abrindo mão da cabeça de chapa em 2018, em apoio a um nome de outra legenda.
STF autoriza quebra de sigilo telefônico de Gleisi Hoffmann
Leia a matéria completaA chamada “frente de esquerda”, contudo, só deve ser viabilizada na hipótese de o ex-presidente Lula desistir da sua pré-candidatura.
O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, disse em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, publicada na terça-feira (3), que a candidatura de seu partido hoje, via Ciro Gomes, é “a mais viável” entre partidos de centro-esquerda e que espera contar com o apoio do PT e também do PSB.
Lupi disse ainda que duvida da consolidação da candidatura do ex-presidente Lula, que é réu na Lava Jato. “Ele apresenta a candidatura como autodefesa no processo. Ele já está na história como o maior presidente do Brasil no campo social. Ele vai destruir isso a troco de quê?”, declarou o pedetista ao jornal.
Esquerda tenta mudar regra eleitoral para impedir maioria conservadora no Senado após 2026
Falas de ministros do STF revelam pouco caso com princípios democráticos
Sob pressão do mercado e enfraquecido no governo, Haddad atravessa seu pior momento
Síria: o que esperar depois da queda da ditadura de Assad
Deixe sua opinião