O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já deu sinais ao comando da campanha da sua candidata à Presidência, Dilma Rousseff (PT), de que poderá concentrar a sua agenda em São Paulo, Minas Gerais e Bahia na reta final da eleição, caso haja um quadro de ascensão da candidata nas pesquisas de intenção de votos nas próximas semanas.

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Ciente de que funciona como ímã de votos para a candidata, o presidente articula uma cartada para a reta final do primeiro turno, ainda que os petistas, incluindo o próprio Lula, optem pela cautela em comentários públicos, evitando cogitar a possibilidade de uma disputa fácil contra o tucano José Serra. Pelas últimas duas pesquisas divulgadas, Dilma e Serra aparecem em situação de empate.

Além do fato de os três estados serem estratégicos sob o ponto de vista eleitoral - juntos, representam 40% do eleitorado, o equivalente a 53 milhões de eleitores -, há ainda razões afetivas que explicam o direcionamento da agenda de Lula.

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Diante das incertezas da Justiça Eleitoral sobre o que é permitido ou vedado nos palanques eletrônicos - decisão que só será tomada em agosto -, a presença física de Lula nos estados poderá ser decisiva, preveem coordenadores da campanha.

Em São Paulo e na Bahia, os candidatos petistas, Aloizio Mercadante e Jaques Wagner, respectivamente, são companheiros históricos do presidente. São Paulo é ainda o berço petista e Estado onde o presidente consolidou sua trajetória política.

Em Minas, o presidente acredita que o seu empenho poderia garantir a ida do ex-ministro Hélio Costa (PMDB) ao segundo turno da corrida estadual, o que abriria, segundo dirigentes do PT, a possibilidade de vitória contra Antonio Anastasia (PSDB), afilhado político do ex-governador Aécio Neves. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.