Lula volta à linha de frente, diz o "New York Times", que dedicou uma reportagem ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua edição impressa do último domingo. "Não é fácil saber como deve agir um ex-presidente", afirma o petista em entrevista ao jornal, que destaca a ausência da tradicional barba de Lula, que foi raspada devido ao tratamento contra o câncer.
Em destaque, está a relação de Lula com réus do mensalão e seu papel diante de "um dos maiores desafios" de toda a história do PT. "Não acredito que o mensalão tenha existido", afirma Lula ao jornal nova-iorquino, reiterando o que já disse em outras ocasiões. O diário cita brevemente o suposto pedido de Lula ao ministro do STF Gilmar Mendes, em abril, para que o julgamento do mensalão fosse adiado. Ao "NYT" o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que a publicação disse se manter discreto no cenário político brasileiro, comparou a habilidade politica de Lula à de um "encantador de serpentes".
Retorno
Ainda na entrevista, Lula nega ter pretensões de voltar ao poder antes do fim de um possível segundo mandato de Dilma Rousseff. "Dilma é minha candidata e, se Deus quiser, será reeleita." Sobre a eleição de 2018, porém, afirmou que é difícil para qualquer político excluir as possibilidades de ser candidato. "Um sinal claro de que seu gosto pelo jogo político permanece inalterado", aponta o jornal. "Política é a minha paixão", diz Lula, ao fim da reportagem.
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