Em resposta às críticas dos adversários sobre sua proposta de convocar uma Assembléia Nacional Constituinte exclusivapara fazer a reforma política, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira que não sabe se as pessoas que estão legislando em causa própria podem fazer a reforma que a sociedade precisa. Segundo Lula, esta é uma boa polêmica, e a idéia poderia ser discutida no Congresso Nacional, entre os partidos políticos e na sociedade, e não necessariamente no Executivo. A proposta de Constituinte exclusiva seria uma assembléia paralela e independente do Congresso.
- O importante é que a gente tenha alguma coisa que possa dar à sociedade brasileira um alento de que a gente vai ter uma reforma política - afirmou o presidente, que acrescentou:
- É importante que se possa ter um país grande, independente e sério, não só na economia. Mas que a gente possa também na política ser exemplo para o mundo - disse Lula, após visitar as obras das plataformas P-51 e P-52, em Angra dos Reis.
O presidente da Câmara, Aldo Rebelo, afirmou, por sua vez, que não vê necessidade de convocação de uma Constituinte exclusiva para votar a reforma política. Segundo ele, já há várias propostas nesse sentido no Congresso . Aldo, no entanto, não vê inconstitucionalidade na proposta da Constituinte exclusiva.
- Nós já tivemos várias Constituintes no Brasil. A última presidida pelo Ulisses Guimarães, mas o que se deve examinar é se, para este caso, há necessidade de Constituinte. A minha opinião é de que, embora haja um clamor muito grande e o presidente da Repúlica partilha dessa preocupção, para essa finalidade não precisamos de uma Assembléia Constituinte. Nós já temos instrumentos para enfrentar a necessidade da reforma política - disse.
Aldo reagiu às críticas de que o atual Congresso não teria legitimidade para fazer a reforma política. Segundo ele, as denúncias envolvem apenas uma parte do Congresso. Aldo observou ainda que o presidente Lula apenas apresentou uma proposta alternativa de fazer a reforma e em nenhum momento disse que o Congresso não teria legitimidade para fazê-la.
- Tem gente que acha que esse Congresso deve parar. Mas eu acho que esse Congresso não deve parar. A maioria do Congresso não está envolvida em problemas e devemos continuar trabalhando. O que deve ser julgado é o tipo de proposta para fazer a reforma. O presidente não falou que esse Congresso não tem legitimidade, apenas apresentou uma proposta alternativa - disse.
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