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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recuou e não foi à inauguração do Centro de Oncologia, da Faculdade de Medicina da USP, instalado no Hospital das Clinicas, na tarde desta quinta-feira, em São Paulo. Lula esteve na Faculdade de Medicina, ao lado do governador Claudio Lembo (PFL), se reuniu com diretores, ouviu suas reivindicações, mas não foi à inauguração, conforme estava previsto.

- A priori eu poderia inaugurar o centro de oncologia. Eu iria ao instituto mesmo se ele tivesse sido feito pelo senador Antonio Carlos Magalhães. Não teria problema. O que me interessa é o resultado final - disse Lula, no auditório da Faculdade de Medicina, próximo ao centro de Oncologia, cujas obras foram iniciadas no governo de Geraldo Alckmin (PSDB), seu adversário na sucessão presidencial, com recursos do SUS.

- Mas para evitar polêmica em um período em que tudo o que a gente faz, antes sendo normal, vira anormal, eu prefeiro me despedir aqui de vocês - disse Lula.

Na Faculdade de Medicina, Lula se reuniu com professores da USP, ouviu suas reivindicações (eles querem que Lula ajude na construção de um único prédio para abrigar todos os 62 laboratórios de pesquisa do HC) e se encontrou com o ex-ministro da Saúde, Adib Jatene, que acompanhava os professores. Lula cometeu uma gafe.

- Morrer na mão do doutor Jatene nunca será um erro. É como o Zico. Nunca vão dizer que ele é grosso, mas que ele errou - brincou Lula, fazendo as suas conhecidas paródias esportivas.Lula também disse que não falta dinheiro para a saúde, mas o que pode faltar é sensibilidade, às vezes.

- Não falta dinheiro para a saúde, mas os pedidos acabam esbarrando no ministro da Fazenda e os valores pedidos vão sendo reduzidos, a sensibilidade vai reduzindo os valores - disse Lula.

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