Na cerimônia de inauguração da nova sede do Tribunal Superior do Trabalho (TST), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva respondeu aos ataques que vem sofrendo dos adversários e afirmou que em algumas situações "a leviandade e o jogo fácil das palavras predominam sobre a verdade". Segundo Lula, muitas vezes homens públicos entram para a História pelo que seus inimigos disseram sobre eles.

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- De vez em quando enveredamos pelo caminho do julgamento fácil. Não passaremos pela História apenas por aquilo que fizemos; não passaremos também apenas por aquilo que não fizemos. Muitas vezes, e a História já provou isso, passaremos para a História por aquilo que alguns mal-intencionados falarem que fizemos - disse Lula.

Nesse momento do discurso, o presidente aproveitou uma declaração do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Nelson Jobim. O ministro afirmou que o povo brasileiro quer resultados e que as autoridades serão julgadas no futuro não por suas intenções, mas pelo que fizeram ou deixaram de fazer.

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- Fica na História o que não fizemos e por isso pagaremos - disse Jobim.

Em seu discurso, Lula voltou a citar o ex-presidente Juscelino Kubitschek. Segundo ele, somente 50 anos depois a obra de JK é reconhecida.

- Sabe Deus o que esse homem passou durante o seu mandato de presidente para ser reconhecido 50 anos depois. Isso porque muitas vezes predomina a leviandade, ao invés da verdade; porque muitas vezes predomina o jogo fácil das palavras do que a verdade, que sempre é mais difícil - disse Lula.

Na solenidade, Lula defendeu a Justiça do Trabalho, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e a nova sede do TST, que custou R$ 202 milhões aos cofres públicos. O presidente disse que o prédio foi construído sem denúncia de desvio de recursos públicos e afirmou que "a gente não pode julgar um pomar por uma laranja apodrecida". Na defesa da CLT, o presidente disse que o fim dessa legislação "seria a barbárie, e não uma conquista para os trabalhadores."

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