A presidente Dilma Rousseff classificou nesta quarta-feira (16) de “especulações” as possibilidades de alteração na equipe econômica e de utilização das reservas internacionais internamente.
Segundo ela, o acúmulo das reservas foi conquistado a “duras penas” e “com grande esforço” em seu governo e no do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Acrescentou que o assunto “jamais” entraria em pauta “a não ser” para resolver problemas de flutuações externas.
“Nós, ao longo desses 13, quase 14 anos, acumulamos reservas. Quando Lula assumiu o governo, nossas reservas não davam para pagar os vencimentos e as dívidas. Continuamos firmes com nossas reservas”, afirmou a presidente.
Dilma conversou com jornalistas na tarde desta quarta-feira, no Palácio do Planalto, após nomear o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ministro-chefe da Casa Civil. Lula vai substituir Jaques Wagner, que foi deslocado para a chefia de gabinete da Presidência.
Ao negar também a possibilidade de mudança na política econômica com a ida de Lula para o governo, Dilma reafirmou que o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, estão “mais dentro do que nunca do seu governo”.
Dilma Rousseff garantiu que não há qualquer possibilidade de os ministros Nelson Barbosa e [Alexandre] Tombini deixarem o governo. A presidente também defendeu o “compromisso” de Lula com a estabilidade fiscal e o controle da inflação.
“Superpoderes”
A presidente Dilma Rousseff afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá os poderes necessários para ajudar o país. A presidente fez a afirmação ao ser questionada sobre a possibilidade de Lula vir a se tornar um “superministro” e ter “superpoderes”.
“Tem seis anos que vocês tentam porque tentam me separar do Lula. A minha relação com o Lula não é de poderes ou superpoderes. É uma sólida relação de quem constrói um projeto junto”, declarou a presidente, para acrescentar. “O presidente Lula, no meu governo, terá os poderes necessários para nos ajudar, ajudar o Brasil.”
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