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Serra, candidato tucano à Presidência: a escolha do vice ficará para o fim de junho | Reuters
Serra, candidato tucano à Presidência: a escolha do vice ficará para o fim de junho| Foto: Reuters

Dividida

Dilma promete subir em palanques do PT e PMDB

Folhapress

Salvador - A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, afirmou ontem que sempre preferiu um palanque único na Bahia, mas disse que isso não foi possível e agora ela subirá em dois palanques: o do governador Jacques Wagner (PT) e o do ex-ministro da Integração Nacional Geddel Vieira Lima (PMDB).

Ao lado do peemedebista, Dilma afirmou que ela e o presidente Lula se empenharam no palanque único baiano. A petista pode enfrentar constrangimentos iguais em outros estados onde a base aliada está dividida.

"Fizemos uma tentativa diuturna e noturnamente nos últimos meses antes de iniciar a pré-campanha. A gente sempre preferiu um palanque só. Não foi isso que aconteceu, então eu vou agora lidar com esse fato", afirmou.

A petista não quis dizer qual é o candidato ao governo baiano de sua preferência: "Você vai me permitir eu não responder isso. Eu estou com dois palanques aqui, não vou dar essa resposta". "Fico muito feliz de ter aqui na Bahia um leque de forças me apoiando", disse. "Irei no palanque daqueles candidatos que me apoiarem", reiterou Dilma, após participar da convenção que lançou a candidatura de Geddel.

Com a presença da presidenciável petista, os participantes foram cuidadosos e não atacaram Jaques Wagner. Mas prefeitos e candidatos que discursaram antes da chegada de Dilma e Geddel criticaram o governo de Wagner.

São Paulo - O candidato do PSDB à Pre­­­sidência, José Serra, acusou ontem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de usar a máquina pública em benefício da candidata do PT, Dilma Rousseff. Para o tucano, o lançamento por parte do governo federal de um programa de combate ao crack, no mês passado, teve vistas às eleições. Serra disse que, após sete anos e meio de governo, os petistas souberam por pesquisas de opinião da preocupação do eleitor com o crack e lançaram o programa. "É uma tabelinha quase perfeita de uso da máquina. A candidata fala e o governo lança o plano", afirmou o candidato, em sabatina promovida pelo jornal Folha de S.Paulo e pelo portal UOL, na capital paulista.

Em duas horas de sabatina, à qual chegou com 40 minutos de atraso, Serra centrou ataques ao governo federal e à campanha de Dilma. Ao falar sobre privatizações, disse que os adversários fazem terrorismo eleitoral ao explorar o assunto.

"O governo Lula privatizou dois bancos, não reestatizou nada e acho que essa questão é mais usada como terrorismo do que como debate. Falar ‘Serra vai privatizar o Banco do Brasil’ é um terrorismo. Eu participei dos dois Proer (socorro financeiro aos bancos) e acho que o governo deve ter mecanismos de controle no mercado fi­­­nanceiro", disse ele.

O tucano fez também uma previsão alentadora da disputa presidencial. Indagado sobre a popularidade do presidente Lula e a possível transferência do votos para a adversária petista, ele admitiu que esta vai ser uma eleição difícil, po­­­­rém, aposta todas suas fichas em sua biografia política para vencer o pleito. E aproveitou para dizer que caberá ao eleitor, neste mo­­­­mento, fazer a escolha a partir da história dos candidatos, numa crítica velada ao currículo menos ex­­­­tenso de sua adversária na vida pública.

No que depender de Serra, a escolha do vice ficará para o fim deste mês. O tucano disse que o assunto não o estressa e que a pessoa que estará a seu lado pode até ser "um que fale muito". O candidato afirmou ainda que até ele mesmo tem curiosidade para saber quem será o escolhido.

Dossiê

Em relação ao recente escândalo envolvendo um suposto dossiê que teria si elaborado pelo PT contra os tucanos, Serra voltou a dizer que Dilma deveria ter pedido desculpas publicamente por causa do suposto dossiê com informações sigilosas, inclusive de dépósitos em conta corrente do vice-presidente-executivo do PSDB, Eduardo Jorge. "Deveria ter afastado pessoas, pedir desculpas. Agora o que não pode é dizer que o problema é da Receita."

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