O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, afirmou hoje que o novo salário mínimo, a vigorar a partir de 1º de janeiro de 2011, será fruto de negociações do governo com partidos políticos e centrais sindicais, e deve ficar de R$ 560 a R$ 570. "Menos que esse patamar não deve ser", afirmou. Por enquanto, a proposta do governo é de R$ 538, que poderia ser arredondado para R$ 540. As centrais sindicais já pediram, contudo, para que a mínimo suba dos atuais R$ 510 para pelo menos R$ 580.
O ministro disse que defende o reajuste proposto pelo governo federal, mas destacou que sua posição pessoal é por aumento acima de R$ 560. Na avaliação de Lupi, a presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), que também deve participar da definição do novo salário mínimo, vai respeitar parâmetros técnicos para o novo reajuste. Segundo ele, a petista "sempre vai trabalhar com o equilíbrio das contas públicas".
Lupi lembrou que um aumento pouco superior a R$ 560 no salário mínimo seria viável, pois o vencimento pauta boa parte da evolução do nível de atividade do Brasil, o que por sua vez aumenta a arrecadação dos municípios, estados e da União.
O ministro mencionou que uma parcela da boa velocidade de crescimento que a economia registra nos últimos anos está relacionada à melhora da distribuição de renda e ao aumento real ao redor de 70% do salário mínimo concedido pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele ressaltou, porém, que a questão precisa ser vista com cuidado para que o reajuste não comprometa o caixa de todas a instâncias governamentais, inclusive o da Previdência Social.
- Sarney sinaliza que mínimo de R$ 580 pode ser aprovado
- Discussão com sindicalistas sobre mínimo não avança
- Governo poderá antecipar no ano que vem parte do reajuste do mínimo de 2012
- Jucá: mínimo de R$ 600 é "discurso que perdeu a eleição"
- Relator do Orçamento diz que indicará mínimo de R$ 540
- Mínimo deve superar os R$ 600, diz Dilma