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O plenário da Câmara aprovou nesta quarta-feira, por 340 votos contra 108, o parecer do Conselho de Ética que recomenda o arquivamento do processo de perda do mandato do deputado Sandro Mabel (PL-GO). As abstenções somaram 17 votos, enquanto dois foram considerados nulos. Com essa decisão, o processo será arquivado.

A representação apresentada pelo PTB acusava o líder do PL de quebra de decoro parlamentar por ter supostamente oferecido à deputada Raquel Teixeira (PSDB-GO) R$ 1 milhão para que trocasse de partido.

Quando a apuração dos votos estava em 210 a favor da absolvição e 80 contra, o deputado começou a comemorar. Como havia 467 deputados em plenário, já não era mais possível chegar aos 257 votos necessários para cassar o mandato de um parlamentar.

- Foi o fim de um pesadelo. Tudo caminha bem quando a gente tem a verdade ao nosso lado. Foi um julgamento em que o Conselho de Ética e depois do plenário me deram uma vitória espetacular. Estou aliviado depois de 153 dias de sofrimento. Minha maior vontade é poder andar de peito aberto e cabeça erqgudia. Foi um resgate moral - disse o deputado.

Indagado se iria representar contra a deputada Raquel Teixeira, o deputado lembrou que já fez isso.

- Já representei contra ela na Corregedoria da Câmara desde julho.

Em sua defesa no plenário da Câmara, Mabel afirmou que considera comprovada sua inocência em relação ao processo no qual o PTB pede a perda de seu mandato ao Conselho de Ética.

- Foi provada a inconsistência das acusações. Ofereci provas da minha inocência e permaneci sereno, colaborando com a apuração dos fatos - ressaltou, dizendo ter passado por "153 dias de calvário" por causa das acusações.

Mabel disse que voltou a andar de cabeça erguida, pois a população nas ruas tem lhe dado apoio.

- Tenho certeza de que os colegas do plenário reconhecerão minha inocência. O contrário disso seria instituir a indústria das denúncias sem provas, muitas vezes baseada apenas em disputas regionais - afirmou.

O líder do PL afirmou ter orgulho de pertencer à Câmara.

- Com esse sentimento, não posso temer o julgamento de meus pares - ressaltou.

O relator do processo, deputado Benedito de Lira (PP-AL), lembrou que as testemunhas ouvidas pelo Conselho de Ética não apresentaram provas contra Mabel e que por isso não ficou caracterizada com segurança jurídica a suposta quebra de decoro parlamentar.

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