O líder do PL na Câmara, Sandro Mabel (GO), fez um discurso nesta terça-feira na reunião da CPI dos Correios. Chorando, Mabel perguntou ao relator da CPI, deputado Osmar Serráglio (PR), o motivo pelo qual seu nome foi colocado na lista dos 18 parlamentares que serão notificados e poderão ter seus mandatos cassados.
Citados em depoimentos ou em documentos entregues à comissão, os parlamentares terão prazo de cinco dias úteis para apresentar defesa por escrito. A novidade da lista foi justamente a inclusão do líder do PL, denunciado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) como um dos operadores do suposto mensalão. Já o presidente do PL, o ex-deputado Valdemar Costa Neto, ficou fora por já ter renunciado ao mandato. As denúncias contra ele deverão ser encaminhadas ao Ministério Público.
Como a CPI não tem poder para enviar uma representação ao Conselho de Ética, Serraglio disse estar negociando com presidentes de partido para que pelo menos um deles assine seu primeiro relatório parcial. Isso evitaria que os pedidos de abertura de processo de cassação tivessem de ser submetidos ao presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), antes de seguir para o Conselho de Ética.
Para Serraglio, a CPI já tem provas suficientes para cassar alguns deputados. Mas ele evitou adiantar os nomes e o número de parlamentares que podem perder seus mandatos.
Os deputados que serão notificados são os seguintes: Carlos Rodrigues (PL-RJ), João Magno (PT-MG), João Paulo Cunha (PT-SP), José Borba (PMDB-PR), José Dirceu (PT-SP), José Janene (PP-PR), José Mentor (PT-SP), Josias Gomes (PT-BA), Paulo Rocha (PT-PA), Pedro Corrêa (PP-PE), Pedro Henry (PP-MT), Professor Luizinho (PT-SP), Roberto Brant (PFL-MG), Roberto Jefferson (PTB-RJ), Romeu Queiroz (PTB-MG), Vadão Gomes (PP-SP), Wanderval Santos (PL-SP) e Sandro Mabel (PL-GO).
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