O líder do PL, deputado Sandro Mabel (GO), negou mais uma vez, em depoimento no Conselho de Ética da Câmara, que tenha oferecido à deputada licenciada Raquel Teixeira (PSDB-GO) R$ 1 milhão de luvas e mesada de R$ 30 mil para que ela se filiasse ao PL. Ele disse que foi Raquel Teixeira quem o procurou com a intenção de trocar de partido.
- É mentira. Se ela voltasse no tempo, não faria isso de novo - afirmou Mabel, que concordou com a proposta de fazer uma acareação com a deputada.
O deputado voltou a afirmar que quer ser julgado e inocentado o mais rapidamente possível. O deputado lembrou também que pediu ao Conselho de Ética que não aceitasse o pedido do PTB, que desistiu da representação contra ele. Mabel diz querer que o processo seja mantido " porque precisa ser julgado para ser inocentado".
Mabel disse ainda que seu partido está estudando a possibilidade de entrar com um pedido de indenização por danos morais contra o PTB. Segundo ele, ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) só pediu sua cassação "por raiva". Ele atribui essa raiva ao fato de ter respondido aos ataques de Jefferson quando o petebista prestava depoimento no Conselho de Ética.
Mabel afirmou também no depoimento nesta quinta-feira que, quando procurou o governador de Goiás, Marcone Perillo, quando soube que a deputada tinha feito a denúncia do suborno. Mabel disse que foi ao gabinete do governador para desmentir o caso e se ofereceu para fazer uma acareação com Raquel Teixeira. O governador teria julgado que não era necessário e se dado por satisfeito.
Para Mabel, Raquel Teixeira contou essa versão a Perillo "para mostrar que estava valendo muito, tanto que pouco depois virou secretária de estado". O deputado disse ainda que era pré-candidato ao governo de Goiás, assim como ela, e que agora não é mais porque foi colocado em um "moedor de carne".
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