Nos últimos 60 dias foram registrados cerca de 40 casos de pessoas atacadas pelo macaco-prego Chico na Mata do Ipê, em Uberaba (MG). De acordo com Ricardo Lima, secretário municipal do Meio Ambiente, mais da metade dos ataques ocorreram em julho.
O número de visitas à região cresce na época de férias escolares, o que justificaria o alto índice de ocorrências em julho. Mais de 20 vítimas, entre adultos e crianças, foram atendidas e medicadas com vacinas anti-rábicas na Unidade de Pronto Atendimento do bairro de Adabia.
"O Chico não ataca, ele apenas quer se defender. Os casos observados mostram que as pessoas foram feridas nas mãos, isso acontece porque elas querem tocar no animal ou alimentá-lo com um monte de porcarias. Ele se sente acuado e acaba reagindo", afirma o secretário.
Por conta das últimas ocorrências, há quem reclame e peça para que o animal seja afastado da Mata do Ipê. Em busca de uma solução, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente promoverá na sexta-feira (10) uma audiência pública para debater o destino de Chico.
Todas as pessoas que foram mordidas pelo macaco-prego foram convidadas a comparecer à discussão. A fim de enriquecer o debate, ambientalistas, biólogos e veterinários também devem estar presentes na ocasião.
"Ele já está adaptado ao meio em que vive. É bem capaz que ele morra caso seja redirecionado para uma área silvestre", diz Lima, que acredita em uma definição "democrática e justa" para o destino do animal.
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