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| Foto: Ismael Francisco/Cuba Debate

O ministro das Relações Exteriores, José Serra, voltou a falar sobre o imbróglio na sucessão da presidência pro tempore do Mercosul, que caberia agora à Venezuela. Segundo o ministro, “o presidente [venezuelano Nicolás] Maduro não vai presidir o Mercosul”.

“O Brasil já tem se posicionado. A Venezuela não cumpriu pré-requisitos para a integração do Mercosul. Foi dado um prazo e ela não cumpriu. Há informações equivocadas de que outros não teriam cumprido, mas não é nada disso. Ela se comprometeu a cumprir todos os tratados e acordos que eram vigentes até quatro anos atrás. A partir daí, segue a norma dos demais países”, afirmou o ministro em referência às normas técnicas do bloco.

A Venezuela tinha de se adequar às normas até a última sexta-feira (12), mas não conseguiu cumpri-las. E Brasil e Paraguai emitiram comunicados informando que medidas judiciais precisam ser tomadas para lidar com o assunto. Entre as normas e os acordos que não foram incorporados ao ordenamento jurídico do país estão textos que tratam de questões econômicas e também da promoção de direitos humanos.

O futuro de Caracas deve começar a ganhar traços mais definidos a partir da reunião de altos funcionários dos países-membros do bloco no próximo dia 23, em Montevidéu. Perguntado a respeito de como os representantes brasileiros vão agir no encontro, Serra disse que “o Brasil vai agir nessa mesma linha”:

“O presidente Maduro não vai presidir o Mercosul. Essa certeza todos podem ter”.

Sobre o possível rebaixamento da Venezuela no bloco - caso em que o país passaria a ser tratado como um associado e não mais como membro -, Serra não quis dar mais detalhes do posicionamento do Brasil.

“Isso é uma coisa que a gente ainda vai analisar”, concluiu o ministro.

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