O rapaz que mantém desde 12h de terça-feira (24) três pessoas reféns em uma casa em Campinas, a 95 km de São Paulo, voltou a suspender o contato com a polícia. Ele havia retomado as negociações por volta das 10h desta quarta-feira (25), mas disse que não falaria mais com a polícia às 11h20.
Sem sucesso na tentativa de convencer os policiais a lhe entregarem um carro, o bandido jogou pela janela o rádio que a polícia havia lhe dado às 5h e parou de falar com os agentes. Logo que o contato foi retomado, às 10h, ele voltou a pedir um carro para fugir. O pedido foi negado.
A polícia segue tentando vencê-lo pelo cansaço. Os negociadores estão posicionados na área de serviço da residência, na tentativa de fazer o assaltante retomar o contato. De acordo com a polícia, ele não gostou de negociar pelo rádio, por isso jogou o aparelho fora.
Desde às 12h de terça-feira (24), o rapaz, identificado como Felipe e armado com uma pistola semi-automática, mantém reféns Mara Souza Tomaz, de 30 anos, e dois de seus filhos, um de sete e outro de nove anos. O terceiro filho, de quatro anos, foi libertado na tarde de terça-feira (24), por volta das 16h - em troca de um colete à prova de balas. À noite, a situação seguia indefinida.
Por volta das 11h, a avó das crianças que mora em uma casa em frente passou mal e precisou receber atendimento médico. De acordo com a polícia, mãe e filhos passam bem. A movimentação das autoridades no início da manhã chamou a atenção de vizinhos e, além da polícia e de equipes de resgate, muita gente observa e aguarda - atrás de um cordão de isolamento improvisado pela polícia - o desfecho da negociação.
O bandido invadiu a casa das vítimas - na Rua Cineo Pompeu de Camargo, no Jardim Novo Campos Elíseos - quando fugia da polícia, depois de assaltar uma loja.
A residência está sem energia desde o início da madrugada desta quarta-feira (25). Policiais continuam tentando negociar com Felipe, que está sem dormir e não fez com a polícia uma suposta troca de comida por mais uma das crianças reféns. Apesar disso, a polícia decidiu liberar a entrada de comida da casa, já que os reféns são crianças.
Gate
O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), da Polícia Militar (PM) de São Paulo, assumiu a negociação ainda na noite de terça, pouco depois das 22h. A casa permanece cercada por policiais.
Uma equipe de resgate do Corpo de Bombeiros mantém um veículo equipado estacionado na frente da casa. Antes do amanhecer, uma equipe do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) também fez plantão no local.
Colete
De acordo com o delegado-titular do 6º Distrito Policial da cidade, José Roberto Mequerino Andrade, o ladrão, identificado como Felipe, de 26 anos com duas passagens por roubo, segundo a polícia -, pediu um colete à prova de balas, que foi concedido em troca da libertação do menino, no único avanço da polícia desde que o drama começou. "Eu fiquei horas negociando, mas ele não se rendeu", lamentou Andrade.
Pai
Avisado por telefone, o pai das crianças, Isvaldo Soares de Oliveira, chegou ao local no meio da tarde. "Achei que era trote. Estou desesperado", disse ele, após abraçar o filho de 4 anos. O menino libertado foi levado para a casa dos avós.
As negociações começaram por volta de 13h da terça. A rua foi fechada e, desde o começo da madrugada, a imprensa foi afastada da frente da casa.
Em recado ao STF, Alcolumbre sinaliza embate sobre as emendas parlamentares
Oposição quer comando da comissão de relações exteriores para articular com direita internacional
Lula abre espaço para Lira e Pacheco no governo e acelera reforma ministerial
Trump diz que “definitivamente” vai impor tarifas à União Europeia
Deixe sua opinião