Elisabete Cordeiro dos Santos, de 25 anos, a mãe que jogou a filha recém-nascida no Ribeirão Arrudas, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, não possui nenhuma perturbação mental e tem conhecimento da gravidade do que cometeu. É o que atesta o laudo do Instituto Médico Legal (IML). A conclusão foi divulgada nesta quarta-feira, pela Polícia Civil, após a realização de exames.
A recém-nascida foi encontrada por uma criança e dois adultos no dia 30 de setembro, mas morreu no último dia 5 devido a uma infecção e a um edema cerebral. A mãe permanece detida na Penitenciária Estevão Pinto, em Belo Horizonte, e vai responder por homicídio doloso. A pena pode chegar a 30 anos de prisão.
De acordo com a perícia, "a paciente apresenta normalidade psíquica, sem qualquer quadro de doença ou perturbação mental e era capaz de entender o caráter criminoso de seu ato, bem como de determinar-se de acordo com esse entendimento". Além do quadro de normalidade, também foi descrito no documento a falta de emoção dela ao contar os fatos relacionados ao crime.
A Polícia Civil informou ainda que a acusada mudou a versão dos acontecimentos em relatos durante o exame. Ela teria dito que saiu de casa para jogar o bebê no ribeirão, em vez de tê-lo jogado pela janela, explicação dada em primeiro depoimento à polícia.