Brasília (Folhapress) Em um depoimento que durou pouco mais de quatro horas, quatro procuradores regionais da República reforçaram ontem para os integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos a existência de uma "máfia" que controla os jogos no país. Os procuradores apontaram a existência de uma "promiscuidade" entre políticos e autoridades do poder público e os grupos que formam o crime organizado no país. Eles indicaram também o caminho feito para a lavagem de dinheiro por meio dos bingos e das casas de jogos e a utilização de laranjas para que os chefes do crime organizado não sejam flagrados pela Justiça.
O procurador regional da República no Espírito Santo, Ronaldo Meira de Vasconcelos, explicou como é feita a lavagem de dinheiro no estado por meio das casas de bingo. Segundo ele, as empresas captam empréstimos junto aos bancos para financiar o jogo, dando uma aparência legal à operação. Os recursos ainda passam por uma operação de factoring, para depois serem utilizados no crime organizado, como prostituição e tráfico de drogas.
Vasconcelos afirmou que muitas vezes os recursos são enviados para o exterior e as pessoas que tomaram os recursos junto à rede bancária, no fim, acabam quebrando os bancos nos quais pegaram o dinheiro e levaram à liquidação com a operação. "No Espírito Santo, dois bancos foram quebrados desta forma", disse ele. O procurador do ES também afirmou que o crime organizado e os donos das casas de jogos bancam as campanhas eleitorais de vários políticos.
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