O empresário Genivaldo Marques dos Santos, pivô da chamada "máfia da merenda", relatou ao Ministério Público Estadual (MPE) supostos pagamentos de propinas e doações ilegais para campanhas eleitorais em pelo menos 57 cidades e dois governos estaduais. Entre elas estão quatro capitais, além de municípios administrados por diversos partidos. O empresário fornece informações a promotores desde 2006 em troca da redução da pena (delação premiada).
O jornal O Estado de S. Paulo publicou no sábado reportagem revelando depoimentos do empresário ao Ministério Público (MP) com detalhes do funcionamento do suposto esquema na capital paulista, envolvendo três gestões - de Marta Suplicy, José Serra e Gilberto Kassab.
A "máfia da merenda" atuaria também no Recife e em Diadema, São Luís (MA) e Carapicuíba, Taubaté, Marília, entre outras. Há ainda pelo menos um deputado federal entre os citados: Abelardo Camarinha (PSB-SP). Todos os citados alegam inocência e negam as acusações feitas pelo empresário por meio de acordo de delação premiada.
Abelardo Camarinha foi categórico. "Tenho total desconhecimento da questão e vou processar criminalmente esse cidadão (Genivaldo Santos). Ele é um louco que inclui em seus relatos nomes importantes da política ou pessoas que detêm foro privilegiado, como José Serra, Marta Suplicy e Gilberto Kassab, a fim de conseguir pena mais branda." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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