O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), vai pedir informações ao Ministério Público antes de decidir o que será feito em relação à deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF). A deputada foi flagrada em vídeo, em poder do Ministério Público, recebendo um maço de dinheiro do pivô do "mensalão do DEM", o ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa, escândalo que levou à prisão e queda do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda.
"Eu vou encaminhar imediatamente um pedido de mais informações ao Ministério Público sobre o andamento do processo para que possa subsidiar uma decisão sobre o procedimento a ser tomado na Câmara", afirmou Maia. O presidente da Câmara disse que, com os dados da investigação desenvolvida até agora, ele vai analisar se cabe a abertura de um processo de cassação no Conselho de Ética ou qual medida é mais cabível no caso.
Defesa de Arruda
A defesa do ex-governador Arruda manifestou-se sobre a revelação de vídeo. "O vídeo da Jaqueline comprova que o esquema de corrupção do qual Durval fazia parte existia no governo Roriz", disse o advogado Cristiano Maronna, que defende Arruda no inquérito que corre no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Segundo ele, o vídeo "reforça a tese de que Arruda tentou acabar com ele (esquema de corrupção), mas foi derrubado pelos interessados na sua manutenção". O vídeo com as imagens de Jaqueline foi gravado na campanha eleitoral de 2006, na sala de Barbosa, delator do escândalo de corrupção conhecido como "mensalão do DEM". O esquema foi desmantelado pela operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, e acabou derrubando José Roberto Arruda do governo do DF.
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