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O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), reconheceu que são "fortes" e "contundentes" as imagens gravadas em 2006 que mostram a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF) recebendo dinheiro de Durval Barbosa, ex-secretário estadual do Distrito Federal e delator do esquema de corrupção conhecido como mensalão do DEM. "Mas eu não posso orientar o meu comportamento por minha impressão pessoal. Eu tenho de me orientar pelo procedimento da Câmara dos Deputados, garantindo que ele venha a ser adotado de maneira adequada", disse o petista, em entrevista concedida ao programa "Roda Viva", da TV Cultura.

O parlamentar lembrou que enviou ao Ministério Público um pedido para que seja informado sobre as investigações. "De posse dessas informações, tomo a decisão se as envio à Corregedoria da Câmara para que faça a investigação caso haja necessidade, ou se mando direto para o Conselho de Ética, que tem a finalidade de ouvir as partes e as testemunhas envolvidas no caso." O presidente da Câmara dos Deputados acredita que o Conselho de Ética deve ser instalado nesta quarta-feira, quando o PSOL pretende ingressar com representação pedindo abertura de processo de cassação do mandato da deputada federal.

Na entrevista, o petista responsabilizou os partidos políticos pela indicação para a Comissão de Reforma Política de parlamentares considerados ficha-suja ou que são réus em processos como o do mensalão. De acordo com Maia, são as siglas que indicam os deputados federais para as comissões. O parlamentar ressaltou que, embora alguns deputados federais sejam réus, eles ainda não foram condenados.

O petista saiu em defesa da indicação pelo PT do parlamentar João Paulo Cunha (SP) para a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O deputado federal é réu no processo do mensalão. "O parlamentar é um dos deputados mais queridos do Parlamento, tem uma experiência fantástica e tem muita clareza política."

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