O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), formalizou nesta quarta-feira (4) o aumento de 30% na verba de gabinete destinada ao pagamento dos salários dos funcionários contratados pelos deputados sem concurso público. A verba foi reajustada de R$ 60 mil para R$ 78 mil. O novo valor já está em vigor desde o dia 1º de julho. Esses recursos são usados para pagar salários de até 25 funcionários de gabinetes de deputados. Para bancar o aumento até o final deste ano, a presidente Dilma Rousseff liberou créditos de R$ 150 milhões.

CARREGANDO :)

O reajuste na verba de gabinete foi anunciado no fim do mês passado por Maia. A promessa do presidente da Câmara de aumentar a verba era antiga, mas não havia recursos orçamentários para o pagamento. Maia argumenta que esses assessores têm os salários mais baixos e estão sem reajuste há quase cinco anos. Líderes de partidos governistas e de oposição apoiaram o aumento com a mesma justificativa do presidente da Casa.

Atualmente, os salários dos assessores de gabinete podem chegar a R$ 8.040,00, considerando as gratificações. Sem elas, a maior remuneração é de R$ 4.020,00. O menor valor é o salário mínimo. Cada deputado pode contratar até 25 assessores sem concurso público para trabalhar no gabinete em Brasília ou nos escritórios nos estados. A Câmara tem em torno de 10.200 secretários parlamentares, como são conhecidos os assessores de gabinete.

Publicidade

Em Brasília, os secretários parlamentares podem aumentar seus ganhos com diárias que são pagas quando a sessão do plenário passa das 19 horas. Nos Estados, não há exigência de comprovação de presença e cabe ao deputado informar a frequência no trabalho do funcionário pago pela Câmara. Em anos eleitorais, alguns deputados aumentam a demanda de seus assessores em suas bases.

Além da verba para contratar assessores para os seus gabinetes, o parlamentar tem direito a uma cota mensal para gastar com despesas de seus escritórios políticos nos Estados, passagens aéreas, alimentação e demais gastos para o exercício do mandato. Essa cota varia de R$ 23.033,13, para os parlamentares do Distrito Federal, a R$ 34.258,50, para os de Roraima. Os deputados e os senadores têm o salário mensal de R$ 26,7 mil. Os parlamentares que não moram em apartamento funcional recebem auxílio-moradia no valor de R$ 3 mil.