Vídeo| Foto: Reprodução / Paraná TV

Em fim de mandato no comando da Associação dos Municípios do Paraná (AMP), o atual presidente da entidade, o prefeito de Nova Olímpia Luiz Sorvos (PDT), avalia que o principal desafio da nova gestão será o de lutar pela participação nas receitas das contribuições sociais, que atualmente são exclusivas do governo federal.

CARREGANDO :)

"É injusto que os recursos provenientes das contribuições sociais praticamente não sejam repartidos com os municípios", afirma Sorvos. Segundo ele, parte dos cerca de R$ 184 bilhões arrecadados pela União com contribuições como CPMF, Cide e Cofins poderia ser repartida com os municípios.

Ele diz que, em conjunto com a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), a AMP tem defendido o repasse de 22,5% da arrecadação com contribuições sociais para o fundo dos municípios. "Com essa medida, estaríamos dobrando a arrecadação de 85% dos municípios brasileiros", explica. Atualmente, lembra Sorvos, a União repassa 22,5% da arrecadação de Imposto de Renda e do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para os municípios brasileiros por meio do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Publicidade

No início do mês, após a 10.ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, os prefeitos conseguiram o compromisso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que a base governista no Congresso fosse autorizada a votar a favor do aumento de 1% no FPM. Sorvos afirma que 75% dos municípios paranaenses tem no FPM sua maior receita.

Para o atual presidente da AMP, o problema dos municípios é estrutural. "As dificuldades das cidades são resolvidas com recursos. Os prefeitos sabem como gerar renda e como gerar trabalho. O que falta é dinheiro."

Um segundo desafio da próxima gestão da AMP apontado por Sorvos será o de conseguir a transferência integral de recursos para o transporte escolar devidos pelo estado aos municípios. O presidente da AMP afirma que há dificuldade em discutir esse assunto com o governo paranaense. (RD)