Mais de metade dos vôos têm problemas. Em Congonhas, nem há mais aviões para decolar

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Os principais aeroportos do país amanheceram nesta terça-feira com vôos atrasados. Os últimos números divulgados pela Infraero mostram que dos 1.074 vôos programados nos país até 14h30, 184 foram cancelados e 386 estão atrasados. São 53% dos vôos com problemas.

O Aeroporto de Congonhas permanece fechado para pousos desde 11h05m por conta de um forte nevoeiro na região. De acordo com a Infraero, não há mais aeronaves no pátio e as decolagens a partir deste momento deverão sofrer atrasos. Deve aumentar também o número de vôos cancelados, porque os aviões não podem pousar.

Pelo último levantamento da Infraero, das 144 decolagens previstas para ocorrer entre 0h e 14h30 desta terça-feira, 74 foram canceladas (51,3%). Outras 15 partidas decolaram com atraso superior a uma hora (10,4%). A Infraero ainda informou que até 10h47m, 15 decolagens foram desviadas para o Aeroporto de Cumbica. A maioria dos vôos cancelados era da TAM, que decidiu não pousar em Congonhas nesta terça-feira. Confira lista dos vôos cancelados ou transferidos.

Um ônibus da companhia Gol, que levava passageiros de Congonhas para Guarulhos, acabou se perdendo e ficou rodando em torno do Aeroporto de Cumbica. O vôo, marcado para 8h30m só conseguiu decolar às 12h57m.

Atrasos no Afonso Pena

O mau tempo também parece ser a principal causa de problemas nos vôos previstos no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba. Segundo dados da Infraero, de 6h até 17h, eram previstas 119 operações - entre pousos e decolagens. Destas, 55, ou 46%, sofreram atrasos de mais de uma hora. Outros 35 vôos foram cancelados - sendo que a maioria tinha como origem ou destino o aeroporto de Congonhas. Ou seja, 75% dos vôos até 17h tiveram algum tipo de problema - seja atraso ou cancelamento.

Madrugada de confusão do Tom Jobim

No Tom Jobim, são 32 vôos atrasados segundos os painéis de informação. E a tarde pode ser ainda mais complicada para os passageiros. A previsão da Infraero é que pelo menos nove vôos sejam cancelados agora a tarde. A maioria para Belo Horizonte e São Paulo.

A madrugada no Tom Jobim foi marcada por uma grande confusão. Longas filas e pouca informação acabaram estressando os passageiros, que passaram no mínimo seis horas no aeroporto Tom Jobim. Em alguns casos, a espera ultrapassou dez horas. Até às 10h, o aeroporto teve 17 partidas atrasas e outras sete canceladas.

Maria das Graças Ribeiro, integrante de um grupo que pretendia embarcar para Belém, passou mal, teve uma crise nervosa e desmaiou. Ela foi reanimada com respiração boca-a-boca. A filha dela, ao ver a situação da mãe, lançou um caixote na direção do balcão da Gol, que ficou fechado por alguns minutos. Policiais militares tiveram que reforçar a segurança no aeroporto.

Narizes de palhaço e música foram usados para protestar contra os atrasos. Passageiros da Gol tiveram o vôo cancelado em Congonhas e vieram para o Rio de Janeiro em um ônibus da companhia aérea para tentar embarcar para o Espírito Santo, mas o veículo quebrou no meio do caminho.

- Deixou a gente mais de três horas parado. Agora que nós chegamos, nosso vôo já saiu de novo - contou um jovem.

O aeroporto Santos Dumont está operando por instrumentos e tem 14 vôos atrasados e oito cancelados. No Aeroporto de Brasília, há sete vôos atrasados de um total de 19 programados nesta manhã. Em Belo Horizonte, o Aeroporto de Confins tem oito vôos atrasados e 4 cancelados.Na segunda-feira, atrasos e cancelamentos atingiram 58,1% dos vôos

De acordo com boletim da Infraero, dos 1.637 vôos previstos para decolar entre 00h e 19h de segunda-feira, 38,1% estavam atrasados, ou 625; Outros 20%, ou 328, tinham sido cancelados. Em termos percentuais, a pior situação era registrada no aeroporto de Fortaleza, onde 72,9% dos vôos estavam atrasados e 8,3% tinham sido cancelados.

O novo caos que se estende desde o fim de semana foi originado por uma pane no Cindacta 4, de Manaus. Segundo o Palácio do Planalto, houve um curto-circuito no Cindacta 4 , causado pela falha de um sargento.