Mais um funcionário de penitenciária foi assassinado em São Paulo. Por volta das 22h30min desta quinta-feira, o carcereiro da Cadeia Pública de Pinheiros Gilmar Francisco da Silva, de 40 anos, entrava com seu veículo na garagem de casa, no Parque Panamericano, na zona norte, quando foi abordado por cerca de cinco homens armados e baleado nas costas quatro vezes. O crime aconteceu quando ele voltava da escola onde cursava o ensino médio.

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Os policiais trabalham com a possibilidade de vingança e também vão investigar se o assassinato do carecereiro tem ligação com o crime organizado. A polícia descobriu, por escuta telefônica, que a facção criminosa que atua em São Paulo tinha um plano para matar agentes penitenciários no estado. Na quarta-feira, um agente penitenciário também foi morto na porta de casa. O suspeito detido disse que a ordem partiu de dentro de um presídio.

O carcereiro tentou se proteger e pulou o muro do vizinho. Os homens foram atrás dele, acertaram mais quatro tiros e fugiram em um Gol vermelho. O carcereiro foi socorrido com vida por um carro da PM, mas morreu no hospital. Os familiares afirmam que ele sempre andava armado, por isso desconfiam que os assassinos tenham levado os dois revólveres.

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Segundo o irmão, Gilberto Francisco da Silva, há quatro meses o carcereiro se desentendeu com usuários de drogas e foi ameaçado de morte. Na ocasião a PM foi acionada e o caso foi parar na Corregedoria Civil. De acordo com a família, ele teria sido inocentado em uma audiência na corregedoria na manhã desta quinta-feira.

Também nesta quinta-feira, agentes penitenciários fizeram uma paralisação de 24 horas no estado para manifestar indignação com a morte do colega. Agentes de pelo menos 71 unidades prisionais do estado paralisaram total ou parcialmente suas atividades durante quatro horas 24 horas. A secretaria de Administração Penitenciária admitiu paralisação em apenas 19 presídios.

Em maio, durante a onda de ataques contra a segurança pública no estado, nove agentes penitenciários foram assassinados.