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A declaração do senador Alvaro Dias (PSDB) de que ainda é cedo para os tucanos discutirem uma aliança com o PDT para as eleições de 2010 e de que ele não fará oposição ao governador Roberto Requião (PMDB) continua a causar mal-estar entre os pedetistas. O vereador Jorge Bernardi considera absurda a possibilidade de Alvaro Dias romper a aliança tucana com o PDT – que vem sendo costurada com o prefeito Beto Richa – em nome de uma aproximação com o PMDB.

Coerência – "Uma pessoa que não representa a vontade da maioria em seu partido, e que só agora volta à cena política não pode se manifestar desta forma. No mínimo é uma falta de coerência de Alvaro que, no ano passado, contou com o apoio maciço do PDT para se reeleger ao Senado", disse Jorge Bernardi. O vereador lembrou ainda que, nas últimas eleições, o PDT abriu mão de lançar candidatura ao Senado para apoiar Alvaro Dias.

Postura – Várias curiosidades marcaram a votação do projeto que regulamenta a lei de aposentadoria dos deputados. O líder da oposição, Valdir Rossoni (PSDB), que votou contra a proposta, não participou da votação anteontem. Já Dr. Batista (PMN), Luciana Rafagnin (PT), Péricles de Melo (PT), que estiveram ausentes na primeira votação, foram contra a aposentadoria na sessão de segunda-feira.

Fora – O líder do governo, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), não votou nenhuma vez no projeto que trata da aposentadoria. Na primeira vez, presidiu a sessão e, na segunda-feira, se ausentou do plenário. Apesar de ser contra o plano de previdência, ele avalia que a criação do fundo não deve causar desgaste político aos deputados. "Só haverá desgaste se o Supremo Tribunal Federal (STF) considerar a lei inconstitucional". O deputado diz que não recebeu nenhum telefonema ou e-mail da população criticando o fundo.

Mais tarde – O deputado estadual Duílio Genari (PP) é um dos que terá direito a se aposentar no final do mandato. Mas garante que não pretende sair da vida pública tão cedo. Aos 78 anos, diz que ainda quer disputar mais duas eleições. "Depois vou pensar em parar", afirmou. Genari diz que o plano de previdência é uma "segurança" para os deputados.

Folga – O recesso parlamentar deve esvaziar os embates políticos porque os próprios deputados vão aproveitar para sair do Paraná. O líder da oposição, Valdir Rossoni (PSDB), viaja amanhã para a China, onde vai tratar de negócios de sua empresa, que exporta madeira. Já o líder do governo, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), embarca para Nova Iorque no dia 26, junto com a comitiva do governador Roberto Requião (PMDB).

Transtornos – Os 12 vereadores que compõe a Comissão de Transporte da Câmara de Curitiba e que foram para Santiago, no Chile, viram o que deve ser evitado na nova lei do transporte coletivo na capital paranaense, que está em processo de elaboração. Em apenas um dia de chuva, o sistema entrou em colapso e a insatisfação tomou conta dos passageiros, que depredaram três ônibus.

Berço – O vereador José Roberto Sandoval resolveu voltar ao berço materno. Ele acertou a filiação ao PTB, legenda que o elegeu em 2004. Os deputados Fábio Camargo e Alex Canzini abonaram a ficha.

Salva-vidas – O prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), sancionou a lei que obriga os clubes que têm piscinas em suas instalações a contratar salva-vidas para a proteção dos usuários. A lei é de autoria do ex-vereador e atual deputado estadual Ney Leprevost (PP) em parceria com o vereador Mário Celso Cunha (PSDB).

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"Estou indignado com tudo isso e a culpa é do presidente Lula, que não decide nada, que não leva a segurança nacional a sério. Estou envergonhado como brasileiro."

Luiz Malucelli (PSDB), deputado estadual, comentando sobre o acidente aéreo de ontem, em São Paulo, com 170 passageiros a bordo.

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Pinga-Fogo

A Câmara de Campina Grande do Sul, na Grande Curitiba, votou ontem suplementação orçamentária de R$ 4,8 milhões para a prefeitura.

*** A prefeita Nelise Cristiane Dalprá (PSDB) temia que, sem a suplementação e com o começo do recesso parlamentar, o município ficaria sem dinheiro para pagamento do funcionalismo, transporte escolar e despesas da saúde.

*** Nelise, na verdade, queria R$ 9 millhões. Mas ela se diz satisfeita com o resultado, embora considere que houve perseguição política dos vereadores.

*** Na primeira vez que foram à votação, os projetos da prefeitura de Campina Grande tinham sido reprovados.

*** O presidente da Câmara, Nilson Falavinha (PDT), pediu uma série de documentos contábeis para, somente depois de analisá-los, colocar as propostas em votação.

*** Ele nega que houve perseguição política.

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