O deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) cobrou proteção do governo federal contra o Ministério Público de Nova York, nos Estados Unidos, que o incluiu na lista de procurados da Interpol e o acusa da prática dos crimes de roubo, fraude e lavagem de dinheiro.
Maluf disse estar disposto a contestar as afirmações da Promotoria americana, mas tem o direito de ser ouvido por autoridades brasileiras, e o atual governo deveria defender essa prerrogativa.O congressista foi entrevistado na noite desta terça-feira (27) pelos jornalistas Paulo Moreira Leite, Florestan Fernandes Júnior e Cynara Menezes no programa "Espaço Público", da TV Brasil.
Maluf teve a prisão preventiva decretada em Nova York em 2007. A Promotoria alegou que US$ 11,7 milhões (R$ 26 milhões) dos recursos que ele teria desviado de obras quando foi prefeito de São Paulo, entre 1993 e 1996, passaram pelo banco Safra da cidade americana. O valor equivale hoje a US$ 17 milhões. Ele nega as acusações.
Foi por causa dessa ação que o nome de Maluf foi incluído em 2009 na lista de procurados da Interpol, que reúne polícias de 190 países
"Eu quero ser ouvido por videoconferência ou carta rogatória, por um juiz brasileiro. O processo tem que ser feito aqui. Eu gostaria que o atual governo tivesse comigo 1% da vontade que eles tiveram em defender a permanência no país daquele terrorista italiano condenado na Itália e na Europa", disse Maluf em alusão à recusa do governo em extraditar o italiano Cesare Battisti, condenado por homicídio na Itália, em 2010.
"Eu gostaria que o governo brasileiro protestasse junto ao Ministério Público de Nova York, para dizer: 'o Sr. Maluf está à disposição para falar, mas ele quer falar no seu país, de acordo com a lei brasileira'. Aqui não é quintal de ninguém", disse o congressista. "É uma excrescência. O governo brasileiro tinha que proteger todos os brasileiros de uma agressão dessa", completou.
O deputado federal anunciou que irá apoiar a candidatura do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT) ao governo do Estado de São Paulo.
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