O deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) afirmou nesta terça-feira (23), por meio de nota, que vai processar o promotor geral do condado de Nova Iorque que incluiu o nome do parlamentar e de seu filho, Flávio, na lista vermelha de procurados da Interpol - polícia internacional que mantém representação em 181 países. Com a inclusão, o deputado e seu filho poderão ser presos ao entrar em algum dos países que tem acordo com a Interpol.
Maluf foi incluído na lista vermelha porque foi acusado em ação da promotoria criminal dos Estados Unidos perante o Grande Júri de Nova York. A promotoria o denunciou por suposta "conspiração com objetivo de roubar dinheiro da cidade de São Paulo a fim de possuir fundos no Brasil, Nova York e outros lugares, e ocultar dinheiro roubado". O processo aponta Maluf como artífice de suposto esquema de superfaturamento de obras na prefeitura da capital paulista.
O deputado afirma que a decisão é "arbitrária" e desobedece o direito internacional. "De uma maneira arbitrária e não condizente com o que rege o Direito Internacional e a soberania das nações livres, um promotor distrital de Nova Iorque decidiu acusar um cidadão brasileiro, membro do Congresso Nacional, de supostos fatos que, por absurdo, teriam ocorrido no Brasil, com o fim de serem julgados pela Corte Americana, inclusive emitindo ilegalmente um alerta vermelho para a Interpol".
Maluf diz ter contratado os advogados norte-americanos Bryan Skarlatos e Sharon McCarthy do escritório Kostelanetz & Fink para processar o procurador. A intenção do deputado é também cancelar o alerta vermelho.
O parlamentar afirma ainda que a ação seria uma "vingança" por ele ter apresentado projeto que pune promotores que dessem entradas em processos considerados ilegais. "Trata-se de mera vingança, absurda, pelo fato do Deputado Paulo Maluf, ter apresentado projeto de Lei 265/07 responsabilizando pessoalmente autores de processos ilegais e sem base jurídica", afirma o deputado.
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