Movimentos sociais e partidos políticos ligados às frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo promovem nesta quarta-feira (16) em 22 cidades, uma série de atos contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Além disso, os manifestantes vão pedir o afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), alvo da Operação Lava Jato e de um processo no Conselho de Ética da Casa, além de mudanças na política econômica do governo federal.
Em Curitiba, os organizadores do evento se reuniram às 17 horas e esperam que 2 mil pessoas participem do ato, que começa na Praça Santos Andrade, no Centro. Os manifestantes irão iniciar uma caminhada até a Boca Maldita, no Centro da cidade. No evento criado no Facebook, até as 11 horas desta quarta-feira (16) apenas 207 pessoas haviam confirmado presença. Outras 97 afirmaram ter interesse no evento.
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O ato em defesa do mandato da presidente Dilma Rousseff (PT) começa às 17 horas, nesta quarta-feira (16), na Praça Santos Andrade, no Centro de Curitiba. Haverá uma caminhada até a Boca Maldita, também na região central de Curitiba.
Pelo menos duas cidades do interior do estado também participam das mobilizações. Em Londrina a concentração ocorre às 19 horas em frente a sede da APP Sindicato, na Avenida Juscelino Kubitschek, 1834. Já em Maringá os manifestantes devem se reunir em frente à Câmara Municipal a partir das 18h30.
"Não será um ato chapa branca", disse Raimundo Bonfim, da Central de Movimentos Populares (CMP). O maior evento será em São Paulo, onde a concentração começa às 17h no vão livre do Masp. Os organizadores evitam fazer previsões de público, mas têm como meta bater os 30 mil que foram à Avenida Paulista no domingo pedir o afastamento de Dilma.
Entre os principais grupos engajados na manifestação estão a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Movimento dos Sem Terra (MST), Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Intersindical e partidos políticos como PT, PC do B, PDT, PCR e PCO.
Em São Paulo a manifestação seguirá até a Praça da República, onde será lido um manifesto. "Não há nenhuma comprovação de crime por parte de Dilma, e o impeachment sem base jurídica, motivado pelas razões oportunistas e revanchistas de [Eduardo] Cunha é golpe (...) Ao mesmo tempo, entendemos que ser contra o impeachment não significa necessariamente defender as políticas adotadas pelo governo", diz o texto.