Contrários à permanência do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) na Presidência do Senado, manifestantes do movimento "Fora Renan" vão realizar amanhã um panelaço em frente à residência oficial do senador. O grupo promete acampar no local até o dia 7 de setembro para pressionar o peemedebista a deixar o cargo. O movimento ganhou no nome de "Ocupa Renan", semelhante ao usado por manifestantes no Rio de Janeiro que ocupam a frente da residência do governador Sérgio Cabral (PMDB) há dois meses.

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Renan não estará na residência durante o protesto. O senador segue hoje para Maceió, onde passa o final de semana. Ele ainda não confirmou se retornará à residência oficial na semana que vem, caso o grupo efetivamente ocupe o local.Na página do grupo na internet, 1.197 pessoas confirmaram presença no ato marcado para amanhã. Os líderes do movimento convocam "todos de Brasília" a participarem de um "ato pacífico e sem violência tanto por parte da polícia quanto dos manifestantes". Também pedem que os participantes levem barracas e panelas.

"Fomos informados que a residência dele fica ao lado do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves. Melhor ainda. Vamos todos para a frente da Casa de Renan Calheiros pedir que ele renuncie. Fora Renan", diz a página criada no Facebook para o protesto.

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A residência oficial do Senado fica localizada na Península dos Ministros, no Lago Sul, bairro nobre da capital. Ao lado da casa de Renan, fica a residência oficial do presidente da Câmara. Há ministros que também moram na região, que tem seguranças particulares contratados por moradores.

A segurança da residência oficial do Senado é de responsabilidade da Polícia Legislativa, que não quis revelar se vai aumentar o efetivo de homens no local para evitar depredações ao local.Por recomendação da Polícia do Senado, moradores da rua reforçaram a segurança em frente às suas casas para evitar depredações. A casa da administradora Ariela Lana, que fica ao lado da residência oficial do Senado, ganhou o reforço de tapumes porque está em obras --e ainda sem muro de proteção.

"Fechamos a casa com tapumes porque estamos terminando a obra e o muro não está pronto. Temos um projeto de paisagismo no jardim, um espelho d água, por isso decidimos proteger. Alguns vizinhos nem estavam sabendo do protesto, mas a Polícia Legislativa nos orientou e nós corremos atrás para proteger a casa", afirmou.