A poucas horas do início da votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, manifestações contra e a favor se espalham por todo o país. Pelo menos doze estados e o Distrito Federal registram protestos neste momento.
Em Brasília, os protestos estão tranquilos. Um corredor humano formado por policiais se posiciona em cada um dos lados do muro que separa os grupos. O número de manifestantes a favor do impeachment é maior no momento, com integrantes vestidos de verde e amarelo e tirando selfies. Por enquanto, o lado dos que são contra o impedimento da presidente Dilma ainda está vazio, pois os manifestantes vão sair juntos do acampamento ao lado do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha.
No Rio de Janeiro, a manifestação contra o impeachment é embalada por sucessos como “Rap do Silva”, “Nosso Sonho” e “Rap do Salgueiro” na Praia de Copacabana. O protesto, que começou por volta das 10h30, foi organizado pela Frente Brasil Popular e pela Furacão 2000.
Até mesmo kit anti-golpes estão sendo vendidos na manifestação. Na esquina da rua República do Peru com a orla de Copacabana camisetas, lenços e broches eram vendidos para quem desejava condenar o processo de impeachment.
Já em São Paulo poucos manifestantes se reúnem na Avenida Paulista, favoráveis ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. Um grupo pequeno protesta contra o processo no Vale do Anhangabaú, no centro da capital paulista.
Polícias militares, no entanto, detiveram um homem acusado de cortar o pato gigante inflável da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O pato é usado como símbolo da campanha contra aumento de impostos intitulada “Não vou pagar o pato”. Segundo a Polícia Militar, o acusado portava uma faca e teria cortado o pato inflável por volta das 8h30m. Ele foi levado, algemado, ao 78º DP, no bairro do Jardins, zona sul da cidade. A Fiesp disse que a entidade tem quatro patos e confirmou que um deles foi atacado pelo acusado. O principal tem 112 metros de altura e já está colocado na Avenida Paulista, em frente à sede.
Segundo impeachment
Neste domingo, vinte e quatro anos após o impeachment de Fernando Collor de Mello, o primeiro presidente eleito após duas décadas de ditadura militar, a Câmara dos Deputados decide se autoriza a abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. A aprovação, que precisa do apoio de 342 dos 513 deputados, poderá deflagrar o fim da era de 13 anos do PT no poder.
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