Em Brasília, pixuleco de Lula marca presença entre manifestantes| Foto: ANDRESSA ANHOLETE/AFP

A poucas horas do início da votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, manifestações contra e a favor se espalham por todo o país. Pelo menos doze estados e o Distrito Federal registram protestos neste momento.

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Em Brasília, os protestos estão tranquilos. Um corredor humano formado por policiais se posiciona em cada um dos lados do muro que separa os grupos. O número de manifestantes a favor do impeachment é maior no momento, com integrantes vestidos de verde e amarelo e tirando selfies. Por enquanto, o lado dos que são contra o impedimento da presidente Dilma ainda está vazio, pois os manifestantes vão sair juntos do acampamento ao lado do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha.

No Rio de Janeiro, a manifestação contra o impeachment é embalada por sucessos como “Rap do Silva”, “Nosso Sonho” e “Rap do Salgueiro” na Praia de Copacabana. O protesto, que começou por volta das 10h30, foi organizado pela Frente Brasil Popular e pela Furacão 2000.

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Até mesmo kit anti-golpes estão sendo vendidos na manifestação. Na esquina da rua República do Peru com a orla de Copacabana camisetas, lenços e broches eram vendidos para quem desejava condenar o processo de impeachment.

Já em São Paulo poucos manifestantes se reúnem na Avenida Paulista, favoráveis ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. Um grupo pequeno protesta contra o processo no Vale do Anhangabaú, no centro da capital paulista.

Polícias militares, no entanto, detiveram um homem acusado de cortar o pato gigante inflável da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O pato é usado como símbolo da campanha contra aumento de impostos intitulada “Não vou pagar o pato”. Segundo a Polícia Militar, o acusado portava uma faca e teria cortado o pato inflável por volta das 8h30m. Ele foi levado, algemado, ao 78º DP, no bairro do Jardins, zona sul da cidade. A Fiesp disse que a entidade tem quatro patos e confirmou que um deles foi atacado pelo acusado. O principal tem 112 metros de altura e já está colocado na Avenida Paulista, em frente à sede.

Segundo impeachment

Neste domingo, vinte e quatro anos após o impeachment de Fernando Collor de Mello, o primeiro presidente eleito após duas décadas de ditadura militar, a Câmara dos Deputados decide se autoriza a abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. A aprovação, que precisa do apoio de 342 dos 513 deputados, poderá deflagrar o fim da era de 13 anos do PT no poder.

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