Cerca de 50 manifestantes do grupo Movimento Brasil Livre (MBL), acampados desde quinta-feira (22) no gramado em frente ao Congresso Nacional, o que é proibido, exibem faixas pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, mas preservam o presidente da Câmara, Eduardo Cunha. O peemedebista os autorizou a acampar no lugar, onde estão 30 barracas. Ali, eles cozinham – tem fogão, panelas e botijão –, dois banheiros químicos e até um varal onde secam suas roupas. Eles hastearam uma bandeira do Brasil no local e, na lateral do gramado, está estendida a enorme faixa – de 100 metros de comprimento por 10 metros metros de largura – com a inscrição “impeachment”, contra Dilma.
Há várias outras pequenas faixas, como “se é a favor do impeachment, buzine”, se dirigindo aos motoristas que trafegam pela área do Congresso. Simpatizantes do MBL de Brasília cedem suas residências para os manifestantes de fora da cidade tomarem banho e também fazer refeições.
Manobra ‘kamikaze’ marca o início da derrocada de Eduardo Cunha
Leia a matéria completaÉ a primeira vez que um grupo acampa e estende barracas nesse local desde que, em agosto de 2001, os presidentes da Câmara, então deputado Aécio Neves (PSDB-MG), e do Senado, Edison Lobão (PMDB-MA), assinaram um ato conjunto proibindo essas instalações no gramado. “É vedada a edificação de construções de móveis, colocação de tapumes, arquibancadas, palanques, tendas ou similares na área compreendida entre o gramado e o meio fio anterior da via de ligação das pistas Sul e Norte do Eixo Monumental”.
Cunha, porém, os autorizou e sua assessoria informou que ele autorizaria qualquer outro movimento que não esteja sob riscos de segurança nem coloque em risco as pessoas que circulam pelo local, respeitem o patrimônio público, as normas de trânsito e tenham natureza pacífica.
Os manifestantes prometem ficar no gramado até Eduardo Cunha decidir sobre o pedido de abertura de impeachment de Dilma. Ele disse não haver prazo. Um dos coordenadores do MBL, o empresário Renan Antônio Francisco dos Santos, disse que a ideia é ir “cozinhando o sapo”, pressionando devagar. Eles esperam a chegada de dezenas de colegas nos próximos dias. “O debate sobre o impeachment deu uma esfriada, não está na oposição nem mais na mídia. E o próprio Eduardo Cunha terá que dizer a que veio. Vamos pressionar”, disse Renan.
Ele garantiu que também têm a autorização do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para ficarem ali. “No início ele [Renan] estava mais resistente, mas depois concordou — disse o manifestante.
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