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Brasília - Os manifestantes que foram agredidos por policiais militares durante o protesto de ontem (9) em frente ao Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal, se reuniram nesta quinta-feira (10) com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto. O objetivo do encontro foi pedir o apoio da OAB para a representação contra alguns dos policiais militares envolvidos na agressão.

O tumulto ocorreu em meio à manifestação feita por cerca de 1,5 mil estudantes e sindicalistas que protestavam contra o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda. O governador é acusado pela Polícia Federal de comandar um esquema de distribuição de propinas para deputados, empresários e assessores de seu governo.

Segundo a Polícia Militar, dez manifestantes se feriram levemente. Porém, o professor José Ricardo Fonseca que fazia parte da manifestação conta que levou socos e bordoadas depois de questionar o comportamento agressivo de um dos policiais. Ele disse ainda que permaneceu três horas no camburão de uma viatura e que foi agredido pelo coronel Silva Filho, comandante da operação.

O presidente da OAB garantiu que a entidade vai intervir. "A OAB-DF se reúne hoje à noite para decidir as medidas que serão adotadas. Foram duas ações distintas, uma de violência individual, se prestou queixas e vamos designar advogados que possam acompanhar o caso, e uma de violência coletiva onde fica claro o abuso do poder ", disse.

Britto afirmou ainda que a OAB-DF deve pedir que o Ministério Público entre com uma ação criminal por responsabilização por abuso de poder contra os policiais que participaram da ação.

Na terça-feira (8) a OAB-DF entrou com um pedido de liminar para garantir o livre acesso à Câmara Legislativa do DF, onde só estava sendo permitida a entrada de servidores e deputados. A entidade lidera também a campanha Brasília Limpa que pede o afastamento de todas as autoridades acusadas de envolvimento no suposto esquema de corrupção.

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